Ar na Grande BH chega a ser mais de 4 vezes pior que o tolerável pela OMS

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Ar na Grande BH chega a ser mais de 4 vezes pior que o tolerável pela OMS

A emissão de poluentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte registra há mais de duas décadas carga acima do considerado tolerável pela OMS (Organização Mundial da Saúde), aponta levantamento feito pela ONG Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente).

Os poluentes são partículas, que podem ser sólidas ou líquidas, emitidas por indústrias, empresas do setor de mineração, queimadas e veículos, entre outros fatores. Essas impurezas causam problemas de saúde, sobretudo respiratórios.

No caso das partículas encontradas no ar da região metropolitana da capital mineira, segundo o levantamento, as principais emissoras são indústrias do setor de siderurgia e mineração.

O Iema computou dados de 2000 a 2021. Os de 2022 não entraram por não estarem disponíveis no momento da conclusão do relatório pelo instituto.

A coleta dos dados foi feita em 22 estações mantidas por empresas com potencial poluidor, conforme regras da legislação ambiental. As firmas são também responsáveis pela colocação desses dados em um sistema de acompanhamento, que foi o acessado pela ONG para realizar o levantamento.

Em 2021, a maior carga de poluentes na região de, 21 microgramas por metro cúbico, foi registrada na estação de monitoramento de Betim -mais de quatro vezes o limite tolerável de acordo com a OMS, que é de 5 microgramas por metro cúbico.

Os valores são referentes a concentrações médias anuais de partículas chamadas finas, as com maior potencial de danos à saúde. Esse número já havia sido verificado em duas estações, São José da Lapa e Vespasiano, em 2019.

Já na capital, o registro mais expressivo em 2021 ocorreu na Estação Centro, localizada na avenida do Contorno, de 17 microgramas por metro cúbico.

O gerente de projetos do Iema, Davi Tsai, afirma que, nesse tipo de levantamento, não é possível saber exatamente quais empresas são as responsáveis pelas emissões.

"Nós nos debruçamos sobre o ar que existe na região e o que tem nele", afirma. A situação na capital mineira é diferente, por exemplo, da registrada na cidade de São Paulo, onde a maior emissão ocorre por veículos, diz Tsai.

"É preciso implantar mecanismos de redução de emissões. Não é simples. Tem implicações econômicas, mas o meio ambiente não pode ficar saturado como está", aponta o representante do Iema.

O estudo da ONG mostra ainda que em 2000 a carga de poluentes considerados de menor impacto na saúde humana, mas ainda assim com potencial para causar doenças, atingiu 58 microgramas por metro cúbico na estação de Betim. Para esse tipo de poluente, o tolerável pela OMS são 15 microgramas por metro cúbico.

POPULAÇÃO

A região metropolitana da capital mineira tem 34 municípios e população de aproximadamente 5 milhões de habitantes.

Em Belo Horizonte, que tem 2,3 milhões de moradores, a prefeitura afirma que adota medidas de combate a poluição como adesão à campanha global Race to Zero, com o compromisso de neutralização do carbono até 2050.

O município diz ainda ter plantado 17,4 mil árvores em 2022, 16,3 mil em 2021 e 15,5 mil em 2020. A projeção da prefeitura para 2023 é de 25 mil.

Em nota técnica sobre os dados de poluição do ar na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Iema alerta ser necessária a atenção à documentação ambiental para o funcionamento de empresas.

"Nessas regiões, a renovação de licenças existentes e a concessão de novas licenças devem ocorrer através de um mecanismo que progressivamente reduza a poluição do ar", diz Tsai.

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