A polícia do Paraguai prendeu em Cidade do Leste o radialista e publicitário capixaba, Max Pitangui.
Ele já foi entregue à Polícia Federal e levado para Brasília.
Pitangui estava com um mandado de prisão em aberto desde o último dia 15 de dezembro, acusado de participar das “milícias digitais”, propagando fake News e atentando contra o Estado Democrático de Direito.
Ele estava sendo monitorado pelos agentes federais brasileiros, que acompanhavam as postagens feitas por ele direto do país vizinho, onde ele morava com a esposa e filhos desde de junho deste ano.
Decisão do STF
Segundo decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra alvos da operação da Polícia Federal contra atos democráticos, Pitangui atuava como uma “milícia privada digital” que incentiva ataques à democracia.
De acordo com a decisão de Moraes, ele tem “se manifestado de forma abusiva, não só questionando sem provas a lisura do pleito eleitoral, mas também incitando a abolição do próprio Estado Democrático de Direito mediante intervenção militar e/ou tomada violenta de poder, representando verdadeira liderança dos movimentos antidemocráticos”.
Prisão no Paraguai
Max Pitangui e o blogueiro Wellington Macedo foram presos pela Polícia Nacional do Paraguai em uma ação que contou com a colaboração da Polícia Federal do Brasil.
Eles foram levados para a Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, à Cidade do Leste e devem ser transferidos ainda nesta sexta-feira (15) para Brasília.
Pitangui se entregou sem resistir, segundo as autoridades paraguaias. Ele estava morando e vivendo na cidade paraguaia com a esposa e os filhos.
Os dois foram presos em ação conjunta da Interpol e do Comando Tripartite, formado por forças policiais de Foz do Iguaçu, de Puerto Iguazú, na Argentina, e Cidade do Leste. Informações compartilhadas pelas autoridades brasileiras ajudaram na ação.