O governo federal assinou nesta sexta-feira (19) contratos com os laboratórios Pfizer/BioNTech e Janssen, a farmacêutica da Johnson & Johnson, para a entrega, no total, de 138 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.
De acordo com os contratos, segundo informou o site G1, 100 milhões dessas doses correspondem ao imunizante da Pfizer/BioNTech e as outras 38 milhões são do braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Além disso, as vacinas serão entregues ao longo do ano de 2021 em três etapas distintas: a primeira, prevista para o segundo trimestre do ano, consistirá em 13.518.180 doses da vacina da Pfizer, enquanto as 86.482.890 restantes deverão chegar no terceiro trimestre. Já as 38 milhões de doses da Janssen estão previstas para o quarto trimestre.
A assinatura dos contratos acontece depois que o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que será substituído no cargo por Marcelo Queiroga, anunciou no início desta semana que havia chegado a um acordo com os laboratórios para o fornecimento das vacinas.
Até o momento, apenas o imunizante da Pfizer/BioNTech recebeu o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outras duas vacinas, Oxford/AstraZeneca e CoronaVac, já contam com autorização para uso emergencial e estão sendo utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações.
O imunizante da Janssen, por sua vez, ainda não possui registro nem autorização, mas, assim como o medicamento da Pfizer, conta com a autorização para uso emergencial da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, a vacina desenvolvida pelo braço farmacêutico da Johnson & Johnson é a única no mundo que requer apenas uma dose por pessoa.
Os contratos com as duas farmacêuticas preveem um preço de US$ 10 (cerca de R$ 55) para cada dose, com isso, o valor total estimado do acordo com a Pfizer é de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões). Já o contrato com a Janssen será de US$ 380 milhões (R$ 2 bilhões), com o pagamento de uma primeira parcela de US$ 95 milhões (R$ 523 milhões).
Além das vacinas já mencionadas, o Brasil faz parte do consórcio Covax Facility, uma iniciativa coordenada pela OMS para a distribuição de imunizantes, que prevê a entrega de 42 milhões de doses para o país. Está previsto que o primeiro lote, com um milhão de doses, chegará neste fim de semana.
O governo brasileiro também informou que está negociando a compra de 13 milhões de doses da vacina do laboratório norte-americano Moderna e de outras 10 milhões da russa Sputnik V, o primeiro imunizante registrado no mundo contra a COVID-19, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya com apoio do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).