Aeronave destruída e dois presos em terras Yanomami

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Aeronave foi queimada na operação - Foto: Comando Operacional Conjunto Amazônia/Divulgação

Uma aeronave foi destruída e duas pessoas foram presas após a desativação dos corredores aéreos legais na Terra Indígena Yanomami. A ação foi divulgada nessa sexta-feira (7) pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A operação ocorreu em uma pista clandestina de garimpo ilegal, a sudeste de Surucucu, próximo à fronteira com a Venezuela. A liberação dos corredores aéreos para saída voluntária de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami por voos privados foi encerrada na última quinta-feira (6).

Deflagrada a partir de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), os agentes pousaram na localidade ainda na quinta-feira, em um helicóptero da Marinha do Brasil, utilizando um equipamento de visão noturna chamado NVG (do inglês, Night Vision Goggles).

A ação foi realizada entre as Forças Armadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Com a volta do controle aéreo, as aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea, estarão sujeitas às Medidas de Proteção do Espaço Aéreo (MPEA).

O maior território indígena do Brasil enfrenta uma crise sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa – problemas agravados pelo avanço de garimpos ilegais nos últimos quatro anos.

Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública devido ao cenário de desassistência. Desde então, o governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e desintrusão de garimpeiros do território.

Controle do espaço aéreo

Antes da desativação, o presidente Lula (PT) determinou o controle do espaço aéreo na região, como forma de combater o garimpo ilegal e impedir a chegada de equipamentos ilegais e garimpeiros.

O frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta. Os garimpeiros comentam que atualmente os voos clandestinos custam R$ 15 mil por pessoa – antes, custavam R$ 11 mil.

Inicialmente, os voos encerariam no dia 13 de fevereiro, mas foram prorrogados para o dia 6 de maio. No entanto, dez dias após a ação, o governo antecipou o prazo para esta quinta-feira.

A data foi definida em reunião entre os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio Monteiro. O objetivo da medida era forçar a saída de garimpeiros que insistem em ficar na região.

Nos casos em que forem constatadas atividades ilícitas, a Polícia Federal, o Ibama e os demais órgãos da administração pública federal podem atuar como polícia administrativa. Uma das competências desses órgãos será neutralizar aeronaves e equipamentos relacionados com a mineração ilegal no território Yanomami.

Agora, com o fim dos voos privados, os garimpeiros só podem sair do território pelos rios. No dia 12 de fevereiro, o governo federal liberou o acesso pelos rios para que barqueiros retirem os invasores.

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