Essa vida tem mesmo coisas inexplicáveis… aqui estou eu no meu sítio de Bom Será olhando da janela a chuva caindo na jaqueira carregada de frutos..
A memória me lança ao ano de 1949, somente quatro anos depois de terminada a 2a Guerra Mundial, em 02 de setembro de 1945 – exatamente seis anos depois de iniciada…
O meu pai construiu nossa casa com afastamento de uns três metros da Rua Jerônimo Monteiro e, assim, eu só podia apreciar e curtir a bonita chuva de média torrencialidade banhando a rua e a Praça Barão de itapemirim, também a casa do meu amigo Benedito Enéas, da sua avó Dona Júlia e de sua tia Dona Alfredina e, até, a pequena casa de Neli e seu sobrinho Carlinhos – nunca fiquei sabendo o porquê do seu apelido de “Carlinhos Gato…”, mas minha visão não alcançava toda a casa do senhor Esmar Peçanha e Dona Zezé, pais da bonita Itaizinha, de Itael e de ítalo, meus amigos de infância, aliás, da janela não conseguia enxergar a vendinha que se situava num cômodo da casa, na esquina com a charmosa Rua Talma Santos.Também não dava para enxergar a casa do Senhor Newton Chim e a antiga casa das irmãs Dona Bilú, Dona Odete, Dona Ester e Dona Mocinha…
Êtas chuvas de verão de extraordinária beleza e significado para os Itapemirinenses da nossa cidade de Vila de Itapemirim!…
Por oportuno histórico, registro que nos primeiros dias do verão dessa gostosa chuva, nos idos de 1949,
exercia o cargo de Prefeito Municipal de Itapemirim (1946-1949) o tabelião Dr. Ayrton de Moreno, cujo mandato exerceu por duas vezes (1967-1970).
Caramba! Chuva saudosa com cheiro inigualável dos verões do nosso querido Itapemirim!…
Êpa!, caiu uma jaca…