Lauren Handy, à esquerda, é uma das líderes de movimento antiaborto nos EUA — Foto: Sarah Silbiger/Reuters/Arquivo
Cinco fetos foram encontrados em uma casa em Washington DC, nos Estados Unidos, que supostamente pertenceria a uma ativista antiaborto, segundo a polícia.
Lauren Handy, de 28 anos, é uma das líderes do grupo Progressive Anti-Abortion Uprising (PAAU) e se descreve como uma "anarquista católica".
A polícia informou que estava investigando um "potencial material de risco biológico" quando os fetos foram encontrados.
Em um caso separado, Handy foi indiciada na quarta-feira (30) por forçar a entrada em uma clínica de aborto em 2020.
Ela foi fotografada do lado de fora do endereço, enquanto os investigadores removiam itens do porão em bolsas e coolers. E afirmou ao site de notícias local WUSA9 que "as pessoas surtariam quando soubessem" o que estava dentro dos contêineres sendo apreendidos.
A polícia de Washington informou que não poderia confirmar se a casa onde os fetos foram encontrados era de fato de Handy. No entanto, dois policiais contaram ao jornal Washington Post que a residência era a mesma onde Handy foi presa e havia vivido ou ficado hospedada.
"Não parece haver nada de natureza criminosa em relação a isso, exceto como entraram nesta casa", declarou Ashan Benedict, assistente executivo do chefe de polícia de Washington DC, em entrevista coletiva.
Handy afirmou recentemente ter "ganhado acesso" a um banco de tecidos e órgãos fetais da Universidade de Washington em Seattle, mas a instituição de ensino comunicou que nada foi levado de lá.
De acordo com a acusação federal separada, Handy marcou uma consulta em uma clínica de aborto, a Washington Surgi-Clinic, para 22 de outubro de 2020 sob o nome de Hazel Jenkins, dizendo que queria realizar o procedimento. Mas quando ela chegou, um grupo "entrou à força na clínica", diz a acusação, derrubando uma funcionária que machucou o tornozelo.
Ao serem indiciados, Handy e outros oito membros do grupo foram acusados de conspiração para ferir, oprimir, ameaçar e intimidar pacientes e funcionários, violando seus direitos federais de buscar e fornecer serviços de saúde reprodutiva.
Eles também são acusados de violar a Lei de Liberdade de Acesso às Entradas em Clínicas (FACE, na sigla em inglês) por usarem a força para interferir nos serviços da clínica.
Se condenados, cada um pode pegar até 11 anos de prisão e ter que pagar uma multa de até US$ 350 mil (R$ 1,6 milhão).