Crime em meio à pandemia. Esta é a acusação que pesa contra alvos investigados pela Polícia Federal, entre os quais está um servidor do governo estadual, que segundo as investigações, recebeu propina de um grupo criminoso que atuava na venda emergencial de álcool em gel durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).
Foram adquiridos cerca de 400 mil frascos de 500 ml cada do produto pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A aquisição foi eivada de fraude e superfaturamento.
A conclusão foi feita a partir da análise do material apreendido na Operação Volátil I. A PF informou que os recursos utilizados na compra do produto envolveram verbas federal destinada ao enfrentamento da pandemia.
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (17), além do afastamento cautelar do servidor envolvido, que ocupava cargo comissionado no governo Estadual.
Ainda, de acordo com as investigações da PF, a empresa que forneceu o álcool em gel para a Sesa foi criada especificamente com a finalidade de participar da licitação, sem que tivesse nenhum histórico no fornecimento desse tipo de material.
Cerca de R$ 6 milhões em bens e valores foram sequestrados pela Justiça, dentre os quais estão imóveis, veículos e valores apurados em contas bancárias dos investigados.
O Governo do Estado, através da Sesa, distribuiu nota explicativa sobre a operação e se colocou à disposição para colaborar com as investigações.