Quadrilha tomou de assalto o INSS durante o governo Bolsonaro, diz Pimenta

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Deputado diz que operação da PF e CGU mostra independência e promete punição a todos os envolvidos nas fraudes previdenciárias – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira (13) que a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), expõe a “independência das instituições” e desarticula uma “quadrilha que tomou de assalto o INSS” durante o governo de Jair Bolsonaro.

“Em primeiro lugar, demonstra a independência da PF e da CGU. Durante todo o período do governo Bolsonaro não teve nenhuma operação, e a partir do momento que tomamos conhecimento desta situação, um conjunto de decisões foram tomadas para desbaratar essa quadrilha que tomou de assalto o INSS”, declarou o deputado em entrevista a jornalistas.

Segundo Pimenta, as investigações atingem “entidades fantasmas” que se beneficiaram de mudanças estruturais feitas no INSS durante o governo Bolsonaro, as quais teriam permitido o desvio sistemático de recursos de aposentados e pensionistas.

“Hoje foram duas entidades o foco principal: a Conafer e a CBPA. Assim como poucos dias atrás, foram aquele conjunto de entidades que classificamos como ‘Golden Boys’. O que eles têm em comum? Todas essas entidades só conseguiram os ACTs — boa parte delas, entidades fantasmas — por conta de mudanças que foram feitas dentro do INSS durante o governo Bolsonaro”, disse.

O parlamentar citou nomes de ex-dirigentes do órgão que, segundo ele, “tinham posições-chave dentro do governo Bolsonaro”. “Infelizmente, esses servidores tomaram de assalto o INSS e a previdência, e conseguiram estabelecer o conjunto de relações políticas que permitiram que esse roubo tomasse a dimensão que tomou”, afirmou.

Pimenta também mencionou José Carlos Oliveira (ex-ministro e ex-presidente do INSS, atualmente investigado), André Fidelis, Virgílio e Alessandro Stefanutto, preso nesta quinta-feira, como integrantes do grupo que teria permitido o funcionamento da fraude.

 “Tudo isso que estamos assistindo hoje é uma ação determinada do governo federal de desbaratar completamente toda essa quadrilha, de garantir que o dinheiro roubado seja devolvido aos aposentados e pensionistas, e a nossa determinação de levar às últimas consequências, responsabilizando e botando na cadeia todos os envolvidos nessa fraude”, afirmou o deputado.

Operação Sem Desconto

A nova fase da operação foi deflagrada nesta manhã em 15 estados e no Distrito Federal, com 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva. Entre os alvos estão o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, preso em Santa Catarina, e o ex-ministro do Trabalho e Previdência José Carlos Oliveira, além de dois parlamentares: o deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSB-MA).

A PF e a CGU investigam um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões, por meio de associações fictícias que obtinham autorizações para cobrança direta nos benefícios. As fraudes envolvem indícios de corrupção ativa e passiva, estelionato previdenciário, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com o presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a operação atingiu “o núcleo principal da quadrilha que desviou recursos das aposentadorias brasileiras”.

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