Países que iniciaram a imunização cedo ou que conseguiram cobrir uma parcela considerável da população com a vacina já estão observando quedas significativas nos números de casos, internações e mortes por covid-19, segundo estudos de efetividade (feitos com resultados da aplicação das vacinas na população geral) e análises dos dados da evolução da pandemia nesses locais.
Um dos exemplos mais emblemáticos é o Reino Unido. A nação foi a primeira a iniciar a campanha de imunização contra a covid-19 no mundo, no dia 12 de dezembro, e já vacinou 34% da sua população com ao menos uma dose, segundo os dados mais recentes da plataforma Our World in Data, vinculada à Universidade de Oxford.
Aliando vacinação em massa a um lockdown rigoroso, os britânicos conseguiram uma redução de 67% nos casos e de 62% nos óbitos entre dezembro e março – isso tudo mesmo com o surgimento, no início de janeiro, de uma variante mais transmissível, a B.1.1.17.
Para efeito de comparação, o Brasil vacinou 4,5% da sua população com a primeira dose. Outro dado da realidade britânica que mostra o impacto das vacinas é o de um estudo de "vida real" divulgado no dia 1.º de março que mostrou que uma única dose da vacina de Oxford/AstraZeneca foi 80% eficaz na prevenção de hospitalização de idosos com 80 anos ou mais três ou quatro semanas depois da aplicação.
Nos Estados Unidos, onde a vacinação começou em 14 de dezembro e quase 20% da população já recebeu uma dose, a média móvel de novos casos caiu 74% desde o início da campanha, passando de 216 mil registros diários para os atuais 55 mil. A média móvel de novas mortes recuou 46% no mesmo período, passando de 2.564 para 1.386 no período.