Desmatamento até novembro é o maior dos últimos dez anos na Amazônia, diz Imazon

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Área da Amazônia Legal mato-grossense desmatada Foto: Rogério Assis/ISA

Área da Amazônia Legal mato-grossense desmatada Foto: Rogério Assis/ISA

Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento, do Imazon, apontam que a Amazônia Legal perdeu 10.222 km² de floresta entre janeiro e novembro de 2021. Esse é o maior acumulado dos últimos 10 anos para o período.

Apenas em novembro, foram 480 km² desmatados na região, a segunda pior taxa para o mês em dez anos (o recorde foi registrado em 2020, com 484 km²).

De acordo com o levantamento, mais da metade do desmatamento mensal, 54%, está concentrada em uma categoria chamada pelo Imazon de "áreas privadas ou terras públicas sob diversos estágios de posse", que compreendem: terras públicas não destinadas; terras públicas inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR); imóveis privados cadastrados no Incra. Elas não estão indiscriminadas no levantamento.

— As consequências do aumento do desmatamento observado neste ano são inúmeras, entre elas a intensificação do aquecimento global, a alteração do regime de chuvas e a perda da biodiversidade. Além disso, a destruição da floresta também ameaça a sobrevivência de povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e extrativistas — afirmou a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

Na avaliação da especialista, é preciso preciso intensificar as ações de fiscalização e punição dos responsáveis pelo desmatamento ilegal, principalmente nas áreas críticas.

— É necessário também embargar as atividades que estão ocorrendo em locais desmatados ilegalmente — diz.

Apenas três dos nove estados da Amazônia Legal foram responsáveis por 80% do desmatamento na região em novembro: Pará, Mato Grosso e Rondônia. O caso mais grave é do Pará, estado que lidera o ranking de destruição da floresta há sete meses consecutivos, que registrou apenas em novembro 290 km² de devastação.

Isso representa 60% da área desmatada na Amazônia no mês e é 26% maior do que o detectado em solo paraense em novembro do ano passado. Além disso, 16 dos 20 municípios e assentamentos que mais destruíram a floresta no mês ficam no Pará, o que alerta para a necessidade de ações de combate mais efetivas no estado.

Já Mato Grosso e Rondônia foram responsáveis, respectivamente, por 54 km² (11%) e 42 km² (9%) do desmatamento registrado na região em novembro. Esses dois estados também possuem cinco das 20 áreas protegidas que mais sofreram com a devastação da floresta, sendo duas unidades de conservação e três terras indígenas. São elas: Esec de Samuel (RO), Resex Jaci Paraná (RO), TI Karipuna (RO), TI Menkü (MT) e TI Rio Guaporé (RO).

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