Segundo dados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) neste domingo (28), nas últimas 24 horas o Brasil teve o registro de 721 óbitos acumulados em decorrência da pandemia de covid-19. Foram 24.027 casos da doença registrados no mesmo período.
No total, o país acumula 10.551.259 casos, com 254.942 mortes. A semana epidemiológica entre 21 e 27 de fevereiro foi a que mais registrou mortes por conta da covid-19 em todo a pandemia, de acordo com o Conass. Foram 8.244 óbitos. Antes, a semana que havia registrado mais vítimas era a que compreendia o período entre os dias 19 e 25 de julho, com 7.714 pessoas.
A média móvel semanal de mortes também chegou ao seu número mais alto, 1.205 óbitos por dia. Em número de casos, a média móvel é de 54.726 casos.
‘Não basta saber pronunciar lockdown’
Diversos especialistas vêm ressaltando a necessidade de se discutir um lockdown nacional para frear a circulação do coronavírus. Entre eles, o ex-presidente do comitê científico do Consórcio do Nordeste, Miguel Nicolelis.
Em entrevista à CNN Brasil neste domingo, ele reafirmou a necessidade de implementação de medidas mais restritivas de circulação e fez um previsão pessimista para o próximo mês. “Março pode ser pior momento desde início da pandemia e, eu ouso dizer, da história do Brasil, porque nunca tivemos um evento capaz de matar tantos brasileiros em tão pouco tempo como o que nós estamos passando”, disse.
Por meio de seu perfil do Twitter, neste domingo (28), ele chegou a cobrar o governador de São Paulo João Doria (PSDB), para que fossem adotadas iniciativas mais rígidas em relação à pandemia no estado.
“Não basta saber pronunciar a palavra ‘lockdown’, governador Doria: é preciso também escrever a palavra num decreto e fechar SP – o estado mais rico do BR – antes que ele entre em total colapso sanitário. E isso vale p/ todo Brasil também. Março pode ser o pior mês da nossa história!”, disse Nicolelis.
Na semana passada, Doria anunciou que o estado passaria a ter um “toque de restrição”, evitando em coletiva e contestando o uso pela imprensa das expressões “lockdown” e “toque de recolher”. A medida foi implementada para limitar a circulação de pessoas entre 23h e 5h. No período, a Polícia Militar pode abordar qualquer pessoa que estiver circulando e advertir aqueles que não tiverem justificativa como retorno de trabalho ou escola ou busca por atendimento médico