Estamos prestes a adentrar em mais um ano eleitoral, quando os eleitores estarão escolhendo seus representantes para as Assembleias Legislativas, Câmaras Federais (Câmara dos Deputados, Senado) e presidência da república.
O quadro nacional, para o cargo máximo do Poder Republicano, segundo as avaliações das pesquisas já divulgadas por diferentes institutos, parece bem encaminhado, podendo sofrer variações, mas está praticamente definido que a disputa será entre o atual presidente e o ex-presidente Lula. A tal 3ª via, pelo que se vê, não irá decolar.
No âmbito estadual, as expectativas giram em torno da renovação dos representantes na Assembleia Legislativa e da bancada dos deputados federais. Para o Senado, apenas haverá a renovação de um dos três senadores.
A senadora Rose de Freitas irá tentar buscar a reeleição para mais 8 anos na Casa Revisora.
Para o Governo do Estado, o que levava a crer que seria apenas uma aclamação para o atual governador, diante dos nomes de adversários que ensaiam entrar na disputa, parece que começa a mudar diante da possibilidade do ex-governador Paulo Hartung voltar para o jogo.
Sempre enigmático, o ex-governador, profundo conhecedor do jogo político estadual, deixa no ar o caminho que pode vir a tomar nos próximos meses.
Se por um lado o governador Casagrande tem bons números e colhe resultados positivos de sua administração, Hartung segue atento à insatisfação de alguns setores da economia capixaba, bem como de algumas tradicionais lideranças políticas que foram alijadas do processo pelo atual governo.
De tão certo sobre o atual momento, Hartung, depois de um período de hibernação política (não disputou a reeleição em seu último mandato), volta ao cenário e já seu nome é constatemente citado nas rodas de conversas.
Estrategista nato, Hartung tem dito e reiterado que ainda não há uma posição se será ou não candidato nas próximas eleições, mas não nega que, em princípio, sua ideia seria tentar uma vaga ao Senado – “Não há nada definido se serei ou não candidato e nem mesmo a que cargo seria. O tempo é o senhor da razão. Vamos conversar com nossas bases, andar o Estado e só depois iremos tomar alguma decisão”, disse Hartung, deixando a possibilidade em aberto.
Com esta ‘deixa’ do ex-governador, agora só nos cabe aguardar as minutagens que seguirão até as próximas convenções partidárias, quando se poderá ter uma ideia concreta e cristalina do quadro que irá ser pintado com vistas nas próximas eleições.