Na sessão desta noite, 3 de outubro, o vereador Bil (PRP), de Itapemirim, falou sobre a captação de água pelo Saae, que está sendo feita a mais de cinco quilômetros acima da foz do Rio Itapemirim. O vereador, que também é funcionário da empresa, reforçou que todo o esforço está sendo feito para minimizar ao máximo os efeitos causados pela longa estiagem vivida nos últimos meses na região sul capixaba – “O Saae não tem medido esforços para atender da melhor maneira a população de Itapemirim e de Marataízes. Esperamos ansiosos para que a chuva prevista realmente venha e que eleve os níveis dos nossos rios para normalizar o atendimento”, finalizou
A polêmica e a aflição causada com a possível implantação do programa Escola Viva em Itapemirim, foi assunto predominante na sessão da Câmara, com praticamente todos os vereadores falando sobre o tema e reforçando o posicionamento unânime da Casa contrário a implantação do programa na Escola Estadual Washington Pinheiro Meireles, tradicional instituição de ensino da cidade, com mais de 60 anos de funcionamento. Os vereadores encamparam o movimento estudantil em solidariedade aos alunos e em defesa do “Washington Pinheiro Meireles.
Na sessão anterior, na última semana de outubro, uma aluna do 2º ano do Ensino Médio do Washington usou a tribuna da Câmara para explicar aos vereadores as consequências que a implantação do Escola Viva traria para os professores e alunos. Os vereadores se sensibilizaram com a causa e tomaram posição em favor da comunidade escolar de forma oficial.
O vereador Delei sugeriu ao Governo que ao invés de instalar o Escola Viva no Washington, que ele leve o programa para o antigo prédio onde funcionava a escola estadual Leopoldino Rocha Estadual, em Itaipava, hoje totalmente abandonado e depredado, servindo para usuários de drogas.
O posicionamento conjunto da Casa Legislativa já produziu o primeiro efeito e trará na manhã desta quarta-feira, 4, uma equipe da Superintendência Regional da Sedu para uma reunião às 9 horas, no plenário, que contará, além dos vereadores, com a participação de representantes de alunos do ‘Washington’.
Mudando de assunto, mas ainda dentro da pauta discutida na sessão desta quarta-feira, destaque para a indicação feita ao Executivo, assinada em conjunto pelos vereadores Joceir Cabral (PP), Fabio Dagata (PSL) e Delei (PSB). Na proposta encaminhada eles indicam que a Prefeitura viabilize a instalação de um Hemocentro (banco de sangue) no Hospital “Menino Jesus”, atuando junto ao gestor desta Instituição, ou seja, o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim.
Na Ordem do Dia, entre os projetos colocados, destaque para a votação de um Projeto de Lei Complementar de autoria do Executivo Municipal, instituindo a Lei Geral Municipal da Microempresa, Empresa de Pequeno Porte, Microempreendedor individual.
O vereador João Bechara Neto (PV), falou sobre o projeto, o qual defendeu, entendendo que sua regulamentação irá desburocratizar o funcionamento destas pequenas empresas no município – “Este projeto chega em momento oportuno. Hoje temos o petróleo como nossa maior receita, mas isto pode não ser eterno. Precisamos diversificar nossas fontes de renda e arrecadação. Temos que tomar Anchieta como exemplo. Durante anos a cidade viveu dias de riquezas com a Samarco, uma gigante no setor. Porém bastou um problema com a empresa para que a cidade mergulhasse numa situação caótica, exatamente por não ter se preocupado em diversificar sua economia de forma que pudesse absorver as incertezas do mercado”, disse o vereador. O projeto foi lido e aprovado em primeira votação, devendo voltar ao plenário na próxima sessão para a segunda e última votação para depois seguir para ser sancionada pelo prefeito em Exercício, Thiago Peçanha.