A humildade não é um superpoder dos heróis dos quadrinhos, mas da vida real. De ser alguém especial, que faz o bem sem esperar retribuição, de se esforçar para a melhoria da situação geral, de ajudar sem querer os louros da vitória. Uma pessoa assim torna a existência de todos mais feliz e agradável. É levar o contentamento e de ser útil sem discriminação ou juízo.
O humilde não é aquele que se coloca no centro das atenções do ego, da vaidade e do orgulho, mas que trabalha de forma muitas vezes silenciosa e sem estrondo. É no silêncio e na calmaria da terra que as sementes eclodem e que as plantas crescem sem que ninguém perceba. Através da labuta despercebida os frutos vêm e amadurecem também. Por outro lado, a humildade tampouco representa subalternação, mas equilíbrio como uma estratégia pessoal de desenvolvimento e ação.
A humildade é a barra de estabilidade para o indivíduo não cair nas tentações de um mundo material, ou nos caprichos do ego. Por meio dela há o desenvolvimento de virtudes como a caridade e o diálogo construtivo de maneira singela e produtiva. Assim, a modéstia se transforma no passaporte para o avanço da consciência humana para o bem estar de todos. Não uma visão egoica ou de apreço ao imediatismo, mas aquilo que importa de maneira atemporal. Sejamos, portanto, os cultivadores da humildade para que tenhamos os aplausos de nossa própria consciência. Através dela podemos ter a certeza de ir no caminho certo de uma vida benquista.