LEMBRANÇAS DA MADRUGADA

Por Maurício Galante

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02/06/2025

Maurício Galante

Advogado

Cada uma que acontece…

O tempo passa e os fatos se distanciam na mesma proporção… E vão ficando para trás as boas e as más recordações de fatos ocorridos e bem vividos – ou não…

Na primeira eleição para presidente da República, realizada em dois turnos: 15/11 e 17/12/1989, depois do Regime Militar de 1964, fui nomeado presidente da 16a seção eleitoral instalada no Colégio Polivalente, em Barra do Itapemirim… Concorriam para presidente 22 candidatos, dentre eles, o carioca (não nasceu em Alagoas) Fernando Collor de Mello, que acabou eleito nos dois turnos.

No primeiro turno, tudo transcorreu muito bem, mas, no segundo turno, a cama devia estar muito gostosa porque perdi a hora… quando cheguei ao Polivalente percebi a aflição dos eleitores conterrâneos em razão do meu “pequeno” atraso de 45 minutos… caramba!!…

Naquela época, o voto era por cédulas impressas e todo o material literalmente dormia com os presidentes da seções… Cheguei atrasado, mas mesmo meio sem graça, fui colocando a culpa do “pequeno” atraso na urna eleitoral que “esqueceu de me acordar…”.

A presidência de uma seção eleitoral é uma função pública de grande importância.

Certa vez, no Plebiscito Eleitoral de 1984, que, consultava os eleitores sobre a mudança do nome do Município com a seguinte indagação: “Você concorda com a mudança do nome do Município de Itapemirim para Município de Marataízes ?” e seguiam-se na célula dois quadriláteros: SIM e NÃO, ocorreu um imbróglio na seção eleitoral da Graúna, presidida pela inesquecível professora Ana Jupira Lopes. A questão chegou a ser alvo de recurso eleitoral ajuizado pelo então deputado estadual Valci José Ferreira de Souza, mentor intelectual dessa mudança de nome, que, na qualidade de Presidente do Comitê PRO-SIM, nomeado pelo TRE-ES, pretendia a anulação da votação daquela seção… A firme posição daquela professora quanto às ocorrências foi de vital importância para improcedência daquele recurso e validade do resultado final…

Também fui nomeado pelo TRE-ES para defender a manutenção do nome de Itapemirim e registro ter contado com apoio de Michel Mansur, Dorian Glauco de Moreno, Gentil Soares Filho, João Bechara, Thomé de Souza Machado, Jorge Cardoso Bechara, Sebastião Brasil de Sales, Erivelto Porto Meireles, Arildo do Nascimento Viana, Olival da Silva Lopes, José Carlos Tinoco, Geraldo Jorge Mezher (todos in memorian) e, ainda, de Roberto Mezher, Elias Coutinho, Geraldo Leal e do apaixonado conterrâneo João Felipe Abdenor (orador oficial dos nossos comícios) e muitos e muitos outros aqui não estão mencionados porque essa lembrança aconteceu na sonolência da madrugada…

Não só vencemos no voto, como, também, obtivemos vitória no Tribunal Regional Eleitoral, mantendo o nome ITAPEMIRIM do nosso município… Um dia escreverei sobre esse referendum histórico…
Acordei com os travesseiros no chão… Putz!

E a “CPI DA SAFRA” ?, sai ou não sai Senhor vereador Tiago Faria Leal ?…

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