Ninguém achou que seria tranquilo a transição em Itapemirim, após as eleições suplementares de julho, mas todos, naquele momento, estavam cientes e prontos para encarar as mazelas deixadas pelos antigos administradores do município.
Só que não. Passados pouco mais de um mês sob novo comando, o que se percebe é que não está nada fácil conduzir o processo interno, já que não tem faltado intrigas, rompimentos e desmandos entre a equipe escalada.
Os problemas vão desde as nomeações de alguns comissionados, entre os quais estão secretários e cargos do segundo escalão, como também na forma em que a administração vem sendo tocada, motivo que já causou baixas de colaboradores diretos do chefe do executivo.
Nesta semana mais uma baixa foi registrada – a do assessor de Gabinete, Plínio Marcos Leal – que teve um papel importante na formatação do grupo e nas campanhas de 2020 e 2022.
Antes, outros nomes já haviam deixado a administração e, pelo que já se sabe da movimentação nos bastidos, novos nomes deixarão a equipe até o próximo dia 12 de setembro.
Na Câmara de Vereadores, o apoio à nova administração ainda segue em ‘banho-maria’. Apenas quatro, dos onze vereadores, se declaram fiéis. Os outros, em discursos proferidos na tribuna, demonstram cautela, aprovando os projetos julgados necessários, mas alertando para problemas que se avolumam a cada dia, principalmente em relação à pagamento de fornecedores e servidores, como os agentes de endemias.
A falta de transparência sobre os trabalhos de análise da comissão formada pelo executivo, com objetivo de analisar processos de contratos encontrados, assim como pagamentos de prestação de serviços, é uma das queixas mais ouvidas pela cidade.
É certo que o tempo ainda é curto para uma avaliação mais exata. Necessitaria de pelo menos 90 dias para se ter um posicionamento preciso, mas as respostas precisam ser mais céleres e o rumo mais claro.
De toda sorte, de forma prudente, o correto é aguardar e torcer para que o sonho não acabe em pesadelo.