A região litorânea sul apresenta vários nomes para a disputa a uma das trinta vagas da Assembleia Legislativa Estadual no pleito de outubro próximo. Nomes conhecidos, eleitos ou não no campo político, como outros, ainda calouros, se colocam como pré-candidatos para apreciação do eleitorado, carente de representantes naturais nas últimas legislaturas, mais exatamente há 16 anos sem um representante eleito.
Só para refrescar a memória, à época (2002), Rudinho era eleito com 19.009 votos e Gazzani, que disputou a reeleição, assumiu um novo mandato calçado em 19.544 votos.
De lá para cá um imenso vácuo tomou nossas representações, deixando as cidades litorâneas à mercê dos jogos de interesses de políticos de outras regiões e com outras prioridades.
Nas eleições deste ano este cenário pode mudar e devolver à região litorânea sul suas cadeiras ao centro das decisões estaduais.
Com o Brasil vivendo sua maior crise institucional da história, o eleitorado certamente levará em conta os valores morais, haja vista a forte pressão exercida pelas redes sociais e da velocidade que a notícia atinge nos tempos atuais. Se o político tradicional ainda pensa que o eleitor está alheio ao seu desempenho, correrá o risco de se ver falando sozinho. O acompanhamento dos trabalhos legislativos, seja no campo estadual ou federal são acompanhadas de forma simultânea, automaticamente compartilhada e discutida amplamente pelas redes sociais. O eleitor está mais ligado do que nunca e estas ferramentas que ele dispõe são hoje uma faca de dois gumes, mas muito mais letal para aquele que está no mandato e que não tem atuação positiva para mostrar.
As pesquisas mais recentes já apontam uma tendência clara do eleitorado pela renovação dos quadros políticos. Mostra que, o que está em xeque na atual conjuntura é o sistema político em si, hoje completamente desacreditado.
Por outro lado, os novos nomes que se apresentam não se gabaritarão apenas por serem uma opção de renovação no discurso. Precisam também estar sintonizados, sincronizados e comprometidos com as mudanças e ajustes que se fazem necessários. É preciso que representem realmente uma mudança e assepsia no sistema viciado que se tem. Discursos somente, sem mostrarem o que efetivamente podem trazer de novo, indubitavelmente cairão por terra.