Não quero vir aqui desmerecer e deixar de reconhecer várias frentes de trabalho que estão sendo colocadas pela atual administração de Itapemirim.
É inegável que várias realizações estão acontecendo. O município apresenta um vasto canteiro de obras, além das que já foram entregues concluídas. São, de fato, inúmeras, e que também não há como negar que serão de grande valia para moradores e visitantes. Há também as obras questionáveis, que merecerão um capítulo à parte, seja por sua necessidade, seja por seus custos ou projetos em si.
Porém, uma administração que adotou como lema “Cuidando de Gente”, não pode compactuar com a postergação da votação de dois projetos que tramitam há quase 60 dias na Câmara Municipal – um que trata da subvenção financeira para a Sociedade Pestalozzi de Itapemirim e o outro para a contratação de professores para atendimento a alunos com necessidades especiais.
Diante da relevância dos referidos projetos, de singular interesse público, não há nem a preocupação de que os mesmos sejam rejeitados pelo plenário, pois a unanimidade dos vereadores é claramente favorável.
É de uma incoerência tamanha, para a atual administração, que ainda tem a maioria na base de vereadores na Câmara, não consiga fazer com que os projetos entrem em pauta e sejam logo votados. Neste dia 1º de março, uma sessão extraordinária estava marcada para as 10 horas da manhã, balizada em decisão judicial, onde os projetos poderiam entrar em pauta. Porém, no dia anterior, o Diário Oficial Municipal saiu com a publicação de um Decreto do Executivo estabelecendo Ponto Facultativo no município, o que fez com que a sessão fosse transferida para o próximo dia …. 29 de março.
Prefeito, repito, não faça e nem compactue com artimanhas para driblar o rito. Se o lema de seu governo é o “Cuidando de Gente”, não deixe digitais que possam lhe imputar o sofrimento de centenas de crianças e adolescentes especiais de Itapemirim, prolongando a privação de momentos em que elas realmente se sentem felizes e amparadas com carinho.