Bendito amargor

Por Paulo Hayashi Jr

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17/12/2022

Paulo Hayashi Jr

Doutor em administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.

Muitas bebidas amargas, tais como o café, o chá de boldo ou de carqueja afastam em um primeiro momento àquelas pessoas acostumadas com gostos sutis. Todavia, este amargor traz benefícios posteriores, tais como a robustez, as melhoras do equilíbrio e da homeostasia do corpo, da mente e do espírito. Assim, pode-se dizer que os obstáculos, as dificuldades hercúleas que, em uma primeira vista, amargam a vida, pode ser legítimo estímulo ao desenvolvimento da autoconfiança, do conhecimento e da inteligência.

Isso não significa desprezar ou fazer pouco caso dos problemas, mas de encará-lo como oportunidade e lição de aprendizagem e desenvolvimento.

Por meio da resolução e dos contornos dos obstáculos que se ganha aptidões, tanto em termos pessoais, do domínio e controle interior, quanto dos resultados exteriores. Para isso, é fundamental a humildade na postura mental de não ser arrogante e a disciplina ao trabalho para que a preguiça ou o comodismo não impere.

Quem aprende a crescer paulatinamente ao aparecimento e superação dos empecilhos descobre maneira segura de progredir confiando em si, nos seus recursos e capacidades e, em Deus. E mesmo que a vida traga lições por demais penosas, que a fé e a confiança não se abalem. Mas o contrário, por estar no caminho certo. Quanto mais avançado for o discípulo, mais complexas são as lições, tal como no avançar das séries da humanidade. Feliz daquele que progride através das aflições para o bem de si nos braços de Deus.

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