A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de uso emergencial do Paxlovid, tratamento oral contra a Covid-19. A entidade tem prazo de 30 dias para avaliar os estudos que apontam capacidade da pílula em reduzir mortes e hospitalizações.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, nas primeiras 24 horas de análise, será feita triagem do processo e, caso faltarem “informações importantes”, o órgão pode solicitá-las à empresa.
A utilização do remédio no Brasil depende da aprovação da Anvisa e do andamento das negociações com o Ministério da Saúde, responsável pela compra e disponibilização do produto — assim como ocorre com as vacinas contra a Covid.
A Pfizer Brasil, em nota, informou que a projeção de produção é de 80 milhões a 120 milhões de doses do tratamento até o final deste ano. Ao menos 10 milhões estão prometidos para os Estados Unidos.
Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), Anvisa norte-americana, autorizou o uso emergencial da pílula da Pfizer em dezembro do ano passado, recomendando o remédio para pacientes adultos e pediátricos com Covid que tenham alto risco de desenvolver quadros graves da doença.
O Paxlovid, segundo a Pfizer, reduz em 89% o risco de internação e morte em decorrência da doença entre os adultos mais vulneráveis ao vírus, tratados dentro de três dias após o início dos sintomas; 88% para pacientes tratados após cinco dias; em análise intermediária, a taxa foi de 85%.