Palestinos caminham por estrada na Faixa de Gaza – Foto: Reuters/Mahmoud Issa
As autoridades israelenses estão bloqueando a saída da Cisjordânia de dezenas de familiares de prisioneiros palestinos que foram deportados para o Egito, informou nesta quarta-feira Abdullah al-Zaghari, presidente do Clube dos Prisioneiros Palestinos. O dirigente classificou a ação como uma política deliberada de punição coletiva, destacando a gravidade das condições de saúde de alguns deportados.
As informações foram divulgadas originalmente pela agência Xinhua, que relatou ainda que muitos desses prisioneiros necessitam de cuidados médicos contínuos e da presença de seus familiares. Segundo Al-Zaghari, persistem diversas incertezas sobre o destino dos palestinos enviados ao Egito, incluindo a possibilidade de reassentamento em terceiros países.
De acordo com a entidade, Israel deportou 383 prisioneiros ao Egito ao longo deste ano como parte do acordo de troca envolvendo detentos e reféns mantidos pelo Hamas. A maioria permanece em território egípcio desde a libertação, afirmou Al-Zaghari em comunicado à imprensa.
O dirigente destacou que Israel impôs como condição para a libertação, no âmbito do cessar-fogo em Gaza, a deportação permanente de palestinos condenados por matar israelenses. Segundo ele, esses detentos não poderão retornar às suas residências na Cisjordânia ocupada.
Até o momento, as autoridades israelenses não se manifestaram sobre as acusações de impedir a viagem das famílias.