Dia Mundial da Água

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Redação

Por ocasião do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, exemplos como o de uma parceria entre a Fareva, uma das maiores fabricantes de cosméticos do mundo, e a Tera Ambiental, empresa especializada na valorização e transformação de resíduos industriais e agroindustriais em fertilizantes orgânicos, demonstram como é possível mitigar os impactos ambientais que ameaçam as reservas hídricas. A atuação conjunta reforça a importância de práticas sustentáveis e da economia circular para enfrentar os desafios globais da agenda do clima.

Este ano, o tema proposto pela ONU para o Dia Mundial da Água é a preservação das geleiras, destacando a necessidade de reduzir impactos ambientais que aceleram o derretimento dessas formações essenciais para o equilíbrio climático. A gestão eficiente de resíduos líquidos, como a realizada pela Fareva e Tera Ambiental, é um passo crucial nessa direção, apontando, também, soluções para um dos maiores desafios ambientais do Brasil e do mundo, que é reduzir a poluição causada pelas atividades industriais, agroindustriais e urbanas.

“O tratamento inadequado compromete a qualidade da água e impacta diretamente o clima, a biodiversidade e a saúde humana. Transformar esses resíduos em recursos sustentáveis é um passo essencial para um futuro mais sustentável”, destaca Lívia Baldo, especialista no tema e diretora da Tera Ambiental.
A conexão entre gestão de resíduos e preservação das geleiras pode não parecer óbvia à primeira vista, mas é fundamental. A poluição dos corpos d’água e a degradação do solo aumentam as emissões de gases de efeito estufa, acelerando o aquecimento global e, consequentemente, o derretimento. “Soluções como a reciclagem de efluentes, que promovem a renovação do ciclo d’água e composta o lodo gerado no processo, apontam uma das vertentes viáveis para mitigação dos impactos ambientais”, explica Lívia Baldo.

O desafio dos efluentes no Brasil 

Com uma população de aproximadamente 213 milhões de habitantes e um crescimento urbano acelerado, o Brasil gera bilhões de litros de esgoto diariamente. No entanto, apenas 55,5% da população tem acesso à rede de coleta, o que significa que quase a metade desse esgoto sem tratamento é despejada na natureza todos os dias.

Somente em janeiro de 2025, o equivalente a 162 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado foi lançado no meio ambiente, segundo o esgotômetro do Instituto Trata Brasil. Esse número tem como base os dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento Básico (SNIS) de 2022, que indicam que apenas 52,2% do esgoto gerado no país é tratado. Como resultado, quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas diariamente em rios, lagos e oceanos, comprometendo a biodiversidade e a saúde pública.

Além do esgoto doméstico, os efluentes industriais representam uma grande preocupação. Setores como o químico, farmacêutico e alimentício geram grandes volumes de resíduos líquidos que, se não forem tratados corretamente, contaminam o solo e as águas subterrâneas. Dentre esses resíduos estão águas residuais de processos produtivos, lodos de estação de tratamento, caixas de gordura industriais e de restaurantes, além de efluentes sanitários.

“É nesse aspecto que a parceria entre a Fareva e a Tera Ambiental apresenta-se como solução importante, à medida que promove o reaproveitamento dos resíduos orgânicos gerados nas operações de fabricação de cosméticos”, frisa Lívia Baldo. A Tera converte o lodo gerado no tratamento dos efluentes biodegradáveis em fertilizantes orgânicos, promovendo a economia circular e reduzindo de modo substancial a pegada de carbono.

Em 2024, foram tratados 9.732 m³ de efluentes e 73 toneladas de resíduos orgânicos sólidos gerados nas operações da Fareva. O processo resultou em 1.130 toneladas de lodo, que foram compostadas e transformadas em 463 toneladas de adubo agrícola. Esse fertilizante melhora a qualidade do solo, reduz a necessidade de adubos químicos e contribui para a mitigação das mudanças climáticas, minimizando a liberação de gases de efeito estufa, como o óxido nitroso, cuja capacidade de aquecimento global é 300 vezes maior que a do dióxido de carbono. “É um desafio, garantir que toda a operação rotineira de segregação e armazenamento ocorram dentro das especificações corretas para garantir a reciclagem de 100% dos efluentes e de resíduos orgânicos gerados na nossa planta. O comprometimento de cada colaborador é essencial para atingirmos esses resultados, garantindo a preservação ambiental e a qualidade de vida”, complementa Aldinéia Maia, coordenadora de Sustentabilidade da Fareva.

“Esse modelo de reaproveitamento fecha o ciclo da produção industrial, dando um destino sustentável aos resíduos. Além de reduzir a poluição ambiental, contribuímos para a regeneração do solo e a redução da dependência de fertilizantes minerais”, ressalta Lívia Baldo.

Sobre a Tera Ambiental – Com experiência no setor desde 1999, a Tera Ambiental atua na valorização de resíduos orgânicos industriais, agroindustriais e urbanos, promovendo a Economia Circular. Especializada na reciclagem de efluentes e compostagem de resíduos orgânicos, atende empresas de diversos setores, convertendo lodo de esgoto e outros resíduos em adubos orgânicos para a agricultura e paisagismo. Localizada em Jundiaí (SP), possui uma das maiores plantas de compostagem do estado. Sua operação, integrada à Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ), permite transformar todo o lodo do tratamento de esgoto da cidade e outros resíduos orgânicos em fertilizantes, gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos.

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