O mês de abril é marcado por uma campanha de conscientização destinada a fortalecer a confiança dos brasileiros nas vacinas. Elas protegem não apenas crianças, adolescentes e adultos, mas ajudam a prevenir diversas doenças, entre elas o câncer.
Um exemplo é o câncer de colo de útero, que pode ser prevenido com a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), que é oferecida pelo SUS. Ela é indicada em duas doses para meninas de 9 a 14 anos e meninos, de 11 a 14. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este tipo de tumor mata 6 mil mulheres por ano no Brasil e deve registrar 16.590 novos casos em 2021.
As vacinas também são uma grande aliada de pessoas em tratamento de câncer, pois evitam uma série de infecções oportunistas.
De acordo com o médico Guilherme Rebello, especialista em radioterapia, de um modo geral, o paciente oncológico pode tomar vacinas, principalmente as que forem fabricadas a partir do vírus morto.
“De maneira geral, quem faz tratamento de câncer pode tomar vacinas. Os imunizantes produzidos a partir do vírus morto (sua toxina ou parte de sua estrutura) são permitidos e fortemente indicados, entre eles: influenza (gripe), pneumococo, meningococo, hepatite A e B, HPV, tétano e difteria”, afirma o médico, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
Orientação médica
Já as vacinas fabricadas com vírus vivo, porém atenuado (enfraquecido), somente podem ser tomadas por pessoas em tratamento de câncer com orientação médica.
“Isso é recomendado porque dependendo do estado do sistema imunológico do paciente, ele pode desenvolver a doença. Esse cuidado deve ser aplicado às vacinas tríplice viral, febre amarela, herpes zoster, rotavírus, BCG e poliomielite oral”, destaca Guilherme Rebello.
Neste caso, existe um momento ideal para o paciente oncológico tomar essas vacinas?
“Sim. O paciente precisa estar com o sistema imunológico fortalecido, logo, as vacinas produzidas com vírus vivo atenuado devem ser tomadas previamente ao tratamento oncológico ou, em média, 3 a 6 meses após encerrado o tratamento”, diz o especialista.
De acordo com Guilherme Rebello, pessoas com câncer devem tomar a vacina contra a Covid-19 assim que o imunizante estiver disponível: “É muito importante para proteção contra a doença”. E isso não exclui a vacina contra a gripe: pacientes oncológicos podem tomar as duas.
Cobertura vacinal
A campanha Abril Azul, da Sociedade de Pediatria de São Paulo, tem o lema “Eu cuido, eu confio, eu vacino”. O objetivo é aumentar a confiança nos imunizantes em meio a fake news e movimentos antivacinas, que ameaçam a saúde de toda a população.
Atualmente, o calendário nacional para crianças inclui vacinas que protegem contra tuberculose, difteria, tétano, coqueluche, paralisia infantil, sarampo, rubéola, caxumba, rotavírus, meningites causadas pelo hemófilo, meningococo e o pneumococo, febre amarela, varicela, influenza, hepatite B e hepatite A.
Para adolescentes, as principais vacinas são as que protegem contra o HPV e o meningococo C.
No calendário adulto, o destaque é a dose de reforço a cada 10 anos das vacinas que protegem contra a difteria e tétano. O reforço da vacina tríplice viral, que previne sarampo, caxumba e rubéola, também é indicado.
Para os idosos, a recomendação é a vacina anual contra a gripe (influenza) para reduzir o risco de pneumonia e internação hospitalar.
Já as gestantes e puérperas devem tomar a vacina tríplice bacteriana acelular para se protegerem de tétano, difteria e coqueluche. Os imunizantes contra hepatite B e influenza (gripe) também são indicados.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.
TABELA
Vacinas para pacientes com câncer
Liberadas
Influenza (gripe), pneumococo, meningococo, hepatite A e B, HPV, tétano, difteria e Covid-19.
Com orientação médica
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela, herpes zoster, rotavírus, BCG e poliomielite oral.