O racismo contra os palestinos em Israel está em toda parte. Está nas políticas de Estado e na legislação, nas opiniões e atitudes de boa parte da população judaica (quase toda estrangeira) e de seus representantes políticos; está na imprensa, no sistema educacional, nos serviços públicos, em tudo.
E não estamos nem falando da Palestina sob a ocupação militar, onde a arbitrariedade e a violência das "forças de segurança" israelenses reinam, como se pode constatar todos os dias no noticiário. Falamos especificamente de Israel, daquilo que é reconhecido como seu "território soberano".
Cerca de 20% da população de Israel é palestina. Em torno de 1,8 milhão de pessoas (seriam quase 8 milhões não fosse a limpeza étnica de 1948). A maioria delas permaneceu no que passa a ser Israel, mas mantém laços com familiares e amigos na Palestina.
A cidadania israelense é compulsória para estes palestinos, mas, na prática, não garante a eles os mesmos direitos que os demais cidadãos. Eles estão sempre sendo lembrados que não são bem-vindos.
Embora tenham conquistado alguma representatividade política, eles são incapazes de barrar o avanço de leis discriminatórias que, além do mais, encontram ressonância na opinião pública israelense, como a "Lei do Estado-nação do povo judeu", que torna os não-cidadãos os que não sejam judeus.
Assim como acontece com a população negra no Brasil, os palestinos são vítimas recorrentes de violência policial em Israel. Vivem em áreas marginalizadas. Têm menos oportunidades de educação, emprego e moradia. São normalizados como cidadãos de segunda classe. Como forasteiros na terra de seus próprios ancestrais.
O governo de Israel nega, é claro, e diz que trabalha para combater todo tipo de discriminação. Mas a verdade é que o racismo contra os palestinos em Israel tem sido alimentado ao longo de gerações por um sistema de opressão que jamais se preocupou em avançar em negociações que reconhecessem a Palestina como um estado soberano e independente.
O racismo está no cerne do projeto nacional israelense e só poderá ser combatido quando a comunidade internacional passar a negar a Israel sua impunidade.
PS.: Dia 30 de março os Palestinos comemoram e relembram o "Dia do Direito ao Retorno" retorno às Suas terras, ocupadas pelo regime sionista do estado denominado de israel.