Os números da desgraça e um sopro de esperança

Por Helio Barboza

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14/06/2020

Helio Barboza

Editor de O JORNAL

Nos últimos três dias, do dia 12 de junho até este domingo (14/06), há de se observar os números alarmantes da contaminação pelo Covid-19 em Marataízes.

 

A cidade é, proporcionalmente à sua população, a líder de casos registrados da doença no Estado, bem como a que apresenta um dos maiores índices de letalidade em decorrência do novo coronavírus.

 

No boletim divulgado no último dia 11 pela Secretaria Municipal de Saúde, o registro de 966 notificações de suspeitas, com a confirmação, até aquela data, de 314 casos confirmados de infecção pelo coronavírus e 23 óbitos.

 

Entretanto, já naquela oportunidade nos chamou a atenção o número de pacientes curados – 314, que representava 78% de cura dos casos registrados.

 

Passados três dias, neste domingo, o boletim Covid, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde e confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) por meio do Painel Covid, mostra que o número de notificações chegou a 1001, com 35 novos suspeitos, bem como aponta mais trinta casos confirmados de contaminação, elevando o número de infectados a 433 e registrando mais um óbito, passando para um total de 24 mortes.

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Se formos considerar o ritmo que esses números vinham crescendo nas últimas semanas, chegando a mais de 20 casos em média diária de novos casos, acende uma luz de que já passamos pelo pico da contaminação. Outro dado que reforça essa ‘esperança’ de que as coisas podem ser melhor controladas, é que nestes mesmos três dias passados, o número de curados da doença aumentou em 52, chegando a um total de 366 curados, elevando o índice de cura a 83%.

 

Os números ainda estão terrivelmente altos e precisam continuar caindo. O isolamento social dos moradores e as medidas de restritivas adotadas em relação ao funcionamento comercial, mesmo que ‘meia-boca’, mostraram, em todos os lugares do planeta onde foram implantadas, que é a única forma eficaz de conter a propagação do maldito vírus que assola a humanidade.

 

Marataízes não pode se entregar. Em um momento como este, diferenças políticas devem, definitivamente, ficar em segundo plano. Apostar no ‘quanto pior melhor’ é um ato desumano, dignos de seres abjetos. A união agora é pela saúde de uma população inteira – crianças, jovens, adultos, idosos. A empatia e a sensatez devem prevalecer.

Cabe a nós, enquanto seres pensantes, entender que, apesar de todos os senões, a questão deve ser tratada literalmente, como uma questão de sobrevivência.

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