Um vídeo chocante registrado por uma testemunha expôs a ação violenta de policiais contra Vilma de Oliveira, uma idosa de 80 anos, e seu filho durante uma abordagem policial. O incidente ocorreu na tarde da última terça-feira (30), no bairro Água Branca, em Igaratá, interior de São Paulo.

De acordo com informações apuradas pelo G1, o conflito teve origem em uma disputa por demarcação de terra. Vilma havia reclamado com um vizinho, cuja construção de um muro invadia sua propriedade. A discussão rapidamente se intensificou, envolvendo os filhos de Vilma e o vizinho.

Diante da escalada de violência, a Polícia Militar foi chamada para intervir e controlar a situação. Entretanto, ao invés de atuar para conter os ânimos exaltados, os policiais se envolveram em atos de agressão. Vilma relata que, ao invés de protegê-la, a polícia a agrediu, resultando em um soco no rosto.

Benedito Rodrigues de Oliveira, um dos filhos de Vilma, que também foi vítima das agressões, conta que as violências perpetradas pelos policiais não cessaram mesmo quando já estavam dentro da viatura, onde não havia mais registros em vídeo. Ele descreve ter sido alvo de golpes de cassetete na cabeça e socos no rosto. O motorista destaca que as agressões foram direcionadas apenas a ele, evidenciado pelo fato de estar encostado na viatura durante o ocorrido.

Após o incidente, a idosa recebeu atendimento médico no pronto atendimento da cidade e foi liberada em seguida. Tanto Vilma quanto seu filho e os policiais envolvidos passaram por exames de corpo de delito. O caso foi registrado na delegacia de polícia de Igaratá, onde um inquérito foi aberto para investigar o ocorrido.

Diante da gravidade das acusações e das imagens contundentes, a Polícia Militar anunciou o afastamento imediato do policial envolvido e garantiu que todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas. Caso as agressões sejam comprovadas, as medidas disciplinares e legais cabíveis serão aplicadas.

A comunidade local está indignada com o episódio de violência e espera que a investigação seja conduzida de forma transparente e justa, para que todos os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pelos seus atos.