Considerado o maior cemitério da América Latina, o Complexo da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, voltou a registrar cenas que já haviam sido vistas no auge da pandemia em 2020.
Em razão do crescente número de mortes por Covid-19 em São Paulo, assim como em outros diversos estados do país, o cemitério tem tido uma elevada quantidade de enterros e, por esta razão, formam-se no local filas de carros funerários.
Sepultadores do Vila Formosa têm se revezado para abrir covas e enterrar vítimas do coronavírus. Adenilson Souza Costa, 41, ouvido pela Folha de S. Paulo, reclama do macacão de proteção que utiliza para fazer enterros: “sempre rasga".
Na manhã desta quinta-feira (4) foram realizados 34 enterros no Vila Formosa. Metade deles eram de pessoas mortas pela Covid-19. Segundo relatos dos trabalhadores do cemitério, o número de sepultamentos durante a manhã antes da pandemia nunca passava de 20.
“Nesta quinta, a gente tinha 23 corpos de vítimas da Covid-19 aguardando por um enterro. São corpos que chegam à noite, ficam numa sala específica do nosso velório e são enterrados na manhã do dia seguinte", contou Wagner Amaro dos Santos, 36.