O investimento em tecnologia aplicada à produção da agroindústria leiteira tem possibilitado cada vez mais ganhos de produtividade e a garantia do bem-estar do rebanho animal. A oferta tecnológica para a produção de leite e derivados é ampla e diversificada. Cada produtor pode optar pelas ferramentas que mais se adequam à realidade, investindo em melhorias por meio de recursos disponíveis no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
De acordo com o estudo “Agroindústria de leite e derivados: Rebanho, produção de leite e de seus derivados”, desenvolvido pela equipe técnica do Bandes, percebe-se que a produção de leite nas fazendas mostrou efetiva elevação de produtividade nos últimos anos, após a implementação de técnicas e equipamentos que auxiliam o produtor rural. Dessa forma, ao se fazer uso de muitas dessas ferramentas tecnológicas, é necessário investir para progredir e reduzir custos, direcionando o agronegócio para a modernidade e a competitividade.
Investimentos em máquinas no campo, como as ordenhadeiras mecânicas, tendem a otimizar e aperfeiçoar o processo, reduzindo custos ao mesmo tempo em que aumentam a qualidade e a confiabilidade do leite produzido. A adoção dessas novas tecnologias confere eficiência à produção e, consequentemente, à agroindústria de leite e seus derivados.
“O estudo do Bandes aponta que a modernização no manejo da produção leiteira já é percebida com frequência em produtores de médio e grande porte, traduzindo-se em fazendas modernas e com produtividade elevada. O que permite perceber que há mercado para o investimento pelas pequenas agroindústrias em novas formas de produção”, destaca o gerente de Planejamento do banco capixaba e coordenador do estudo, Sávio Bertochi Caçador.
Produtos criados de acordo com as normas de processamento, promovendo o sabor tradicional e com o aproveitamento de mão de obra própria em todas as fases da industrialização, são diferenciais produtivos e se alinham ao agroturismo local. Atualmente, cerca de 90% dos municípios capixabas têm produção leiteira. De acordo com informações levantadas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), entre 2018 e 2019, a estimativa é de que o Estado contava com 360 agroindústrias familiares, produtoras de queijos.