Alta dos combustíveis tem reação negativa das classes política e empresarial

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A alta no preço dos combustíveis, anunciada nesta quinta-feira (10) pelo governo provocou uma corrida dos motoristas aos postos, na esperança de conseguir economizar alguns reais abastecendo seus veículos ainda com o valor do litro sem alteração nas bombas.

Já pela ótica do empresariado, o aumento anunciado pela Petrobrás foi considerado brutal elevação nos preços do diesel, gasolina e GLP, o gás de cozinha, que passa a vigorar a partir desta sexta. Os empresários da construção estão avaliando paralisar obras para forçar a renegociação de contratos, já avaliando as perdas de lucro com o aumento dos combustíveis.

Os empresários do setor de transportes já falam em reajustar frete rodoviário após a alta do diesel e também querem negociar a inclusão de gatilhos no valor do frete, para se protegerem de decorrentes aumentos do diesel em antigos e novos contratos.

www.brasil247.com - Jair Bolsonaro

Falando sobre a alta dos combustíveis a apoiadores no famoso ‘cercadinho’, em frente a sede do Governo, Bolsonaro tentou se eximir da responsabilidade da política de preços adotada pela Petrobrás – "Eu não defino preço na Petrobras. Eu não decido nada, não. Só quando tem problema cai no meu colo", disse.

O anúncio da elevação dos preços dos combustíveis também gerou uma série de críticas da oposição na Câmara e no Senado. O deputado Marcelo Freixo destacou que os brasileiros “estão pagando gasolina e diesel cotados em dólar”. Já o senador Humberto Costa disse que o aumento dos combustíveis é “um atentado contra o desenvolvimento do país”.

A Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, composta por 235 deputados e 25 senadores, entrou no TRF-1 contra reajustes anunciados pela Petrobrás. Os parlamentares entraram com um pedido de liminar para suspender os reajustes dos combustíveis anunciados pela Petrobrás nesta quinta.

"Bolsonaro traiu os caminhoneiros. Precisamos de políticas sustentáveis", afirmou o deputado Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da frente parlamentar. "Temos que suspender esse aumento, com base na máxima do direito do consumidor, segundo a qual é proibido usar índices internacionais para reajustar preços de serviços e produtos internamente no Brasil", disse.

A Petrobrás anunciou, nesta quinta, que o litro da gasolina aumentará 18,77% e o do diesel, 24,9%. O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. Os reajustes passam a valer a partir desta sexta-feira (11).

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