Vazão das Cataratas do Iguaçu ultrapassa 10,8 milhões de litros por segundo, e passarela é fechada

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G1

A vazão das Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Brasil e Argentina, voltou a subir e ultrapassou, nesta sexta-feira (13), os 10,8 milhões de litros por segundo. A vazão normal é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.

Por conta do aumento, a passarela mais próxima às quedas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi fechada às 11h15, por segurança. Segundo o parque, ela será reaberta quando a vazão diminuir.

No lado argentino das Cataratas, em Puerto Iguazú, a passarela ao mirante da Garganta do Diabo está fechada desde o último domingo (8), quando as quedas registraram vazão de quase 6 milhões de litros por segundo. Os demais circuitos seguem abertos à visitação.

De acordo com o parque, o aumento da vazão nas cataratas é reflexo da abertura dos vertedouros das seis usinas distribuídas ao longo do Rio Iguaçu.

A medida é necessária para garantir às represas níveis seguros de operação, conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A decisão de abertura é comandada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O monitoramento da vazão das quedas, assim como das usinas ao longo do leito do rio, é feito pela Copel desde 1997.

Abertura de vertedouros

O tamanho da vazão, que é a quantidade de água que flui por um canal em determinado período de tempo, é estimado de acordo com monitores instalados ao longo do leito e das usinas do Rio Iguaçu.

Das hidroelétricas com vertedouros abertos, a maior delas, Foz de Areia, em Pinhão, nos Campos Gerais, está mantendo a geração de energia em potência máxima, segundo a Copel.

A estratégia é para baixar os níveis do Rio Iguaçu, em União da Vitória, que chegou a sete metros nesta sexta.

“Abriu todas as comportas do vertedouro – assim, a quantidade de água que está sendo liberada rio abaixo é equivalente ao volume que está chegando no reservatório – estratégia que evita agravar os alagamentos rio acima, na região de União da Vitória”, afirmou a Companhia.

A segunda maior usina do rio, a do Segredo, entre Mangueirinha e Reserva do Iguaçu, está gerando mais energia e mantendo o reservatório próximo de 95% de armazenamento.

O mesmo ocorre na Usina Governador José Richa (Salto Caxias), na região sudoeste do Paraná.

Acumulado de chuvas ao longo do leito do Rio Iguaçu

O Rio Iguaçu nasce na região de Curitiba e desagua em Foz do Iguaçu.

Dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) mostram que a capital paranaense quebrou recorde histórico de chuva para o mês dos últimos 26 anos, com acumulado de 280 mm, antes mesmo de completar a primeira quinzena do mês. A média para o mês era de 152,8 mm.

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