O ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro Sergio Moro corre o risco de não ser diplomado senador.
É que nesta terça feira parecer técnico do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná recomenda que as contas de Sergio Moro (União Brasil) sejam reprovadas.
O parecer é assinado por Christiana Tosin Mercer, da Seção de Contas Eleitorais, e por Paulo Sergio Esteves, da Coordenadoria de Contas Eleitorais e Partidárias, ambos do Tribunal Regional Eleitoral.
O texto confirma as irregularidades apontadas em um parece anterior, publicado no último dia 9, quando foi dada a ele oportunidade de fazer a retificação.
As seis inconsistências apontadas pelo parecer de diligências foram mantidas no parecer conclusivo, informa o Consultor Jurídico.
Foram encontradas irregularidades no uso do fundo partidário; no fundo especial de financiamento de campanha; nas receitas arrecadadas; nas despesas; na prestação de contas; e, por fim, nos gastos com militância de rua e aluguel de veículos.
A campanha de Moro arrecadou R$ 5,1 milhões, a maior parte dos recursos oriunda do fundo partidário. A maior despesa da campanha do ex-juiz foi com um escritório de advocacia, que recebeu R$ 800 mil. A segunda maior (R$ 426 mil) foi com táxi aéreo.
Tânia Mandarino, do Coletivo de Advogadas e Advogadas pela Democracia, ao tomar conhecimento do parecer, disse que o documento confirma que Moro sempre foi um moralista sem moral.
"Vamos trabalhar por sua não diplomação", afirmou.