Segundo investigações das Polícias Militar, Civil e Federal e do Ministério Público nos estados, compiladas em relatórios enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), os atos golpistas de bolsonaristas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são liderados e/ou financiados por políticos, policiais e ex-policiais, servidores públicos, sindicalistas, fazendeiros, empresários do agronegócio e donos de estandes de tiro.
De acordo com a reportagem, "Os documentos foram produzidos por ordem do ministro Alexandre de Moraes e reúnem fotos, levantamentos sobre os alvos e detalhes a respeito do trabalho em curso para desmobilizar as manifestações”.
Segundo a Polícia Federal (PF) no Espírito Santo, comerciantes locais, caminhoneiros e uma ex-policial militar são os possíveis organizadores dos bloqueios em São Mateus. Não foi encontrada uma “coordenação centralizada”.
Wanderson de Paula, candidato a vereador pelo Cidadania em 2020, estaria entre as pessoas flagradas “agitando e dando suporte à manifestação” em Linhares.
Em Guarapari, a professora e candidata a deputada estadual na última eleição Ticiani Rossi (PL) “mostrou ser uma das lideranças com acesso irrestrito a barraca da coordenação do movimento”, de acordo com o relatório da PF.
O caminhoneiro Thiago Queiroz Rodriguez, o candidato a governador em 2020 Cláudio Paiva (PRTB) e o instrutor de tiro Flávio Silva Polonini também seriam lideranças.
De acordo com o comunicado feito às autoridades Judiciais, novos relatórios apontando novos nomes de envolvidos nestes atos no estado estão sendo preparados para serem remetidos nos próximos dias.