Presidente da Aprosoja diz que está de “portas abertas” para negociar com o governo

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Antonio Galvan (Foto: Reprodução)

No maior estado produtor de soja do Brasil, o Mato Grosso, a colheita da safra está se encaminhando para o seu término, porém, produtores enfrentam decepção com os rendimentos das lavouras e os preços no mercado. Nesse contexto, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, tem tentado um contato com o governo federal em busca de auxílio. 

Galvan, que também é produtor de soja no Mato Grosso e ex-presidente da Aprosoja estadual, tem uma relação conflituosa com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que também já presidiu a entidade.

Em entrevista ao site AgFeed, Galvan afirmou ter solicitado reuniões com membros do Ministério da Agricultura, porém, esses encontros foram cancelados unilateralmente pelo governo, segundo ele. Galvan reiterou a disposição da entidade em dialogar com as autoridades responsáveis pela pasta. “É preciso que o governo tome uma providência rápida”, enfatizou. “O doente, como se fala, está na UTI. É preciso que se faça alguma coisa rápido, não adianta vir com medidas daqui a três meses, quatro meses. O produtor já entrou no endividamento, aí já vai estar como inadimplente nos seus pagamentos. Não gostaríamos que chegasse a esse ponto. Queremos essa protelação imediata, de no mínimo seis meses. Se vence em março, vamos colocar um padrão final de setembro para todo mundo pagar. E também para que possamos ir ao mercado”. 

O desejo de Galvan é que os produtores endividados ganhem mais prazo para pagar quitar seus compromissos com o governo. “Queremos que se protele esses compromissos. Não estamos levando proposta de pedir um dinheiro novo, imediatamente, mas sim uma protelação, no mínimo de seis meses, de acordo com os vencimentos (das dívidas). Se vencesse agora, final de fevereiro, que desse mais seis meses de prazo, final de março também, para esse produtor poder pagar esse custeio agrícola ou qualquer dívida com o governo. Nas máquinas agrícolas, que pegasse a parcela desse ano, jogasse ela para o final do financiamento. Alongasse uma lá atrás e essa, agora, não fosse paga, para que o produtor possa reter um pouco do produto que venha a sobrar de outros compromissos. Para tentar ver se esse produto reage o preço, até para pagar esse custeio daqui seis meses, porque da forma como está hoje, o produtor vai ficar inadimplente, não vai pagar se ele tiver que vender o produto dele agora”.

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