Porto Alegre registrou no domingo (16) o dia mais quente do ano -e a sua terceira maior temperatura da história. Os termômetros na cidade chegaram a marca máxima de 40,1 ºC.
O calor não ficou, no entanto, restrito à capital gaúcha, e o estado do Rio Grande do Sul teve ao menos 11 municípios ultrapassando os 40 ºC. Entretanto, de acordo com a previsão do tempo, o calor foi amenizado nesta segunda-feira (17) com a chegada de uma frente fria.
Até domngo, a maior temperatura do ano em Porto Alegre foi registrada no dia 14 de janeiro, com 37,8 °C. Segundo a Climatempo, essa é a terceira vez que os termômetros da capital gaúcha registram temperaturas na marca dos 40 °C.
A última vez foi no dia 31 de dezembro de 2019, quando a temperatura alcançou a marca de 40,3 °C. As medições são feitas na estação meteorológica do Jardim Botânico, pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que começou a registrar as temperaturas da cidade em 9/12/1909.
O forte calor também foi sentido em cidades do interior. A cidade de Uruguaiana, que fica na fronteira com a Argentina, registrou a maior temperatura do estado neste ano, com 41,8 °C.
Até então, a maior temperatura tinha sido registrada na cidade de Quaraí no dia 12 de janeiro, quando os termômetros marcaram 41,5 °C. No domingo, a cidade registrou 41,2 °C, ocupando a terceira posição do dia. À frente, ficou Teutônia, com 41,7 °C.
Campo Bom também registrou altas temperaturas, chegando a marca de 41,0 °C, seguida por Rio Pardo (40,8 °C), São Gabriel (40,6 °C), Alegrete (40,5 °C), Santa Maria (40,2 °C), Porto Alegre (40,1 °C), São Vicente do Sul (40,1 °C) e São Luiz Gonzaga (40,1 °C). No momento, uma onda de calor rara atinge as cidades gaúchas, além de regiões da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.
A chegada de uma frente fria já nesta segunda causou o aumento da nebulosidade e pancadas de chuva. No entanto, apesar da mudança, a previsão é que os próximos dias ainda sejam quentes e abafados.
Mais de 200 municípios do Rio Grande do Sul decretaram situação de emergência devido a uma estiagem que assola o estado desde o ano passado.
À reportagem, a Seapdr (Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) informou que, de acordo com dados do Emater, haviam 195 mil propriedades rurais atingidas com perdas referentes à estiagem e 10,2 mil famílias sem acesso à água ao fim da primeira semana deste ano.
A falta de precipitações no Rio Grande do Sul está ligada à incidência do fenômeno La Niña, que provoca chuvas irregulares e mal distribuídas no estado.