Adolescente de 14 anos e a irmã, de 16, acionaram a PM após o pai delas invadir o terreiro de umbanda que elas frequentam. (Fernando Estevão)
Já está solto, a mando da Justiça, o homem de 34 anos que invadiu um terreiro de umbanda no bairro Riviera, em Vila Velha, e apontou uma arma contra as próprias filhas que frenquentam o local. O caso aconteceu na noite da última quarta (03).
O homem foi liberado sem o pagamento de fiança nesta sexta-feira (05), após passar por audiência de custódia.
A decisão pela soltura do homem foi da juíza Raquel Valinho, que na sentença escreveu que ele não oferece risco à ordem pública, à instrução criminial e nem à aplicação da lei penal, já que possui residência fixa e ocupação lícita.
A magistrada ainda determinou uma série de restrições que dizem respeito ao deslocamento do homem, incluindo uma ordem de distância das vítimas. Confira:
- Proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz natural da causa;
- Comparecimento a todos os atos do processo, devendo manter endereço atualizado;
- Proibição de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados;
- Proibição de frequentar o local dos fatos e de manter qualquer contato e aproximação das vítimas.
O homem havia sido preso na última terça-feira (3), após invadir um terreiro de umbanda e ameaçar com uma arma as pessoas que estavam na celebração – entre elas suas duas filhas adolescentes, de 14 e 16 anos. Com um discurso violento e de intolerância religiosa, o suspeito afirmou que "iria matar todos que estavam adorando o capeta", segundo palavras de uma das filhas dele, que foi ameaçada e o denunciou para a polícia.
Acionada pelas filhas do intolerante, a Polícia Militar ouviu o relato das adolescentes, onde afirmaram que o pai delas estava fazendo ameaças com arma de fogo pelo fato de as duas estarem frequentando um terreiro de umbanda. Segundo as filhas do agressor, o homem foi ao local com uma arma e demonstrou intenção de matar todas as pessoas. Ele afirmou, porém, que só não atiraria porque crianças estavam no local.
Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados para preservar a identidade das vítimas.