Início do desembarque das tropas – Foto: O Jornal

Quem passava pela Rodovia do Sol (ES 060), na manhã desta segunda-feira, entre Itaoca (Itapemirim) e Pontal (Marataízes), parou para assistir uma das maiores operações de simulação de guerra e desembarque de tropas de embarcações feita pela Marinha do Brasil – Era a Operação Atlas Anfíbia 2025, que irá se prolongar até o dia 5 de dezembro, entre a costa do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

A operação, que está sendo acompanhada por oficiais de nove países (Argentina, Camarões, França, Arábia Saudita, Índia, Espanha, Egito e Reino Unido), além de servidores civís brasileiros, conta com 3.400 militares, sendo 1.500 fuzileiros navais, navios e outras embarcações, aviões de caça, helicópteros, drones e blindados, que desenvolveram simulações de desembarque e tomada de território e ataques coordenados de guerra.

Fuzileiros posicionados na ‘tomada de território hostil – Foto: O Jornal

Vários navios de combate ficaram fundeados próximo a costa. Deles, saíram embarcações conhecidas como CLAnf, que são os Carros Lagarta Anfíbios, veículos de guerra capazes de navegar e desmbarcar tropas em tomadas de territórios pela praia.

Além de estarem prontos para atuar em guerras, os CLAnf também podem ser utilizados em outras situações, como foi no caso das enchetes ocorridas no Rio Grande do Sul, como também em operações de intervenção no Rio de Janeiro.

Em resumo, a Operação Anfíbia 2025 é parte de um exercício militar, comandado pelo Ministério da Defesa do Brasil, cujo objetivo é o treinamento e execução com altíssimo nível de coordenação empregando os meios navais, com utilização de aeronaves e tropas dos fuzileiros em territórios hostís.

A Operação Atlas Anfíbia 2025 acontece na área marítima entre Itaoca, no Espírito Santo, e a Ilha da Marambaia, no Rio de Janeiro. O treinamento começou na última terça-feira (26).

O Comandante em Chefe de Esquadra, o Vice-Almirante Antônio Carlos Cambra, juntamente com o Comandante da 1ª Divisão de Esquadra, o Contra-Almirante Marcelo do Nascimento Marcelino, que lidera a Força-Tarefa Anfíbia, responsável pelo emprego do poder naval, acompanharam a operação a bordo do Navio-Aeródromo Atlântico.

Embarcações de escolta e patrulhamento – Foto: O Jornal

Ao todo, foram cerca de 20 embarcações navais, além de veículos terrestres e aeronaves participando da operação, destacando o Fragata Liberal (F43), que fazia a escolta da tropa e patrulhas nas águas brasileiras.

Drone desenvolvido com tecnologia nacional da Marinha do Brasil – Foto: O Jornal

Na operação também foi apresentado os drones de ataques, de fabricação da própria Marinha do Brasil, que mostrou eficiência nas funções exigidas, demonstrado na detonação de ‘alvos inimigos’. Os primeiros lançamentos desse tipo de aeronave foram durante a Operação “Atlas Armas Combinadas”, em setembro deste ano, em Formosa (DF), e agora a MB finaliza mais uma etapa do projeto.

O protótipo foi desenvolvido por militares do Batalhão de Combate Aéreo, que já utilizavam modelos específicos para missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. O drone tático de ataque, como é popularmente conhecido, possui 1,64 metro de envergadura, 65 centímetros de comprimento de fuselagem, autonomia de até 25 minutos e alcance de até cinco quilômetros. É equipado com carga explosiva capaz de neutralizar veículos e aeronaves.

O equipamento tem baixo custo de produção e alto poder de destruição – Imagem: Marinha do Brasil (Fonte: Agência Marinha de Notícias)

Veículos utilizados:

• Navio-aeródromo multipropósito Atlântico;
• Navio doca multipropósito Bahia;
• Navio de desembarque de carros de combate Almirante Saboia;
• Fragatas Liberal e Independência;
• Corveta Barroso;
• Embarcações de desembarque Marambaia, Camboriú, Cagarras e Cataguazes;
• Helicópteros UH-12 Esquilo, AH-15B e UH-15 Super Cougar, SH-16 Seahawk e AH-11B Super Lynx;
• Aeronave remotamente pilotada RQ-1 ScanEagle;
• Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf);
• Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT)

Assista abaixo, alguns vídeos de O JORNAL, com etapas da Operação Anfíbia 2025, que começou no último dia 26 de novembro, entre a área marítima de Itaoca, no Espírito Santo, e a Ilha de Marambaia, no Rio de Janeiro.