População enfrenta forte onda de calor no Rio de Janeiro – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O Carnaval de 2025 chegou ao fim, mas a intensa onda de calor que afeta parte do Brasil continua castigando diversas regiões. Um bloqueio atmosférico tem dificultado a entrada de ventos e a formação de áreas de baixa pressão, impedindo a ocorrência de chuvas e elevando os termômetros a níveis alarmantes.
No Sul do país, em São Paulo e no sul do Mato Grosso do Sul, as temperaturas seguem de 5 a 7°C acima da média, com a onda de calor se estendendo até o próximo domingo (9). A Climatempo informou que a capital paulista registrou recorde de calor para o ano e para o mês de março, com os termômetros marcando 34,8°C no Mirante de Santana no último domingo (2).
O calor extremo também se fez presente no Mato Grosso do Sul, onde cinco cidades ultrapassaram os 38°C no mesmo dia. Iguatemi liderou com 39°C, seguida por Porto Murtinho (38,7°C), Sete Quedas (38,7°C), Angélica (38,1°C) e Água Clara (38,1°C). No Paraná, Foz do Iguaçu atingiu 38,2°C, reforçando a intensidade da onda de calor na região.
Em outros estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de parte do Centro-Oeste, o calor também predomina, mas com temperaturas de 3 a 5°C acima da média. Mesmo assim, a Climatempo destaca que essa elevação não se enquadra na definição de onda de calor estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A previsão aponta uma possível mudança no cenário a partir da segunda-feira (10), quando ventos na América do Sul devem permitir a chegada de frentes frias à Argentina e ao Brasil. Com essa alteração, espera-se chuvas volumosas no litoral do Sul e Sudeste, que podem alcançar o interior das regiões e parte do Centro-Oeste até o fim de março.
Apesar da possibilidade de precipitações, o mês pode terminar com chuvas abaixo da média em algumas áreas do Sudeste e Nordeste. No entanto, entre Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba, a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) deve trazer acumulados acima do esperado para março e abril. No Norte do país, as chuvas seguem sendo influenciadas pelo calor e pela umidade.
Enquanto a mudança climática não ocorre, a recomendação dos especialistas é reforçar a hidratação, evitar exposição prolongada ao sol e ficar atento aos sinais de insolação e desidratação, especialmente entre crianças e idosos.