Por meio de um evento virtual, o Porto Central confirmou para o próximo dia 4 de dezembro, na próxima quarta-feira, o início das obras de sua Fase 1 do projeto do Terminal Portuário, que após concluído será o maior investimento privado no setor de movimentação de cargas da América Latina.
O anúncio foi divulgado na manhã desta segunda-feira (02).
Com a previsão inicial de investimentos de aproximadamente R$ 2.6 bilhões, o projeto, alinhado às práticas sustentáveis, após concluídas todas suas fases, promete transformar a logística portuária do Brasil, inteiramente adequado às demandas do mercado global.
Na Fase 1, que se iniciará nesta quarta-feira, o projeto priorizará a construção de infraestrutura para um terminal de granéis líquidos de águas profundas, destinado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship). A estrutura será capaz de operar com embarcações de grande porte, como os Very Large Crude Carriers (VLCCs), oferecendo eficiência e segurança em um ambiente protegido.
Nesta fase, as obras se concentrarão na supressão vegetal de 65 hectares, de uma área total de 2 mil hectares, já licenciada para instalação do projeto.
Medidas de compensação ambiental já estão sendo implementadas desde 2020, com o plantio de mais de 12 mudas de espécies nativas da vegetal, bem como a captura de animais que habitam o local, que serão soltos em reservas. O trabalho vem sendo feito em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).
Na coletiva, os técnicos do Porto Central também deram destaque a adoção do Programa de Dragagem Adaptativa (PGDA), onde são aplicadas tecnologias de ponta para minimizar possíveis impactos ambientais durante a dragagem do canal de acesso e as demais obras marítimas.
A previsão é que as obras da primeira fase, que terá serviços de terraplanagem, construção do quebra-mar sul e instalação de concretagem, sejam concluídas em meados de 2027, com o início das operações para o mês de dezembro do mesmo ano.
Cerca de 1.295 trabalhadores serão contratados, no pico das obras, sendo que 70% destas contratações dão preferência para mão-de-obra local – municípios dentro da área de influência do investimento
Reconhecido como um projeto estruturante no Espírito Santo e parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Porto Central possui localização privilegiada, próximo às bacias do Pré-sal e às principais rodovias e ferrovias do país. A integração logística é um diferencial, com projetos de conexão às ferrovias EF-118 e EF-352, facilitando o escoamento de cargas.
“Esse será um complexo portuário multiuso, preparado para atender às demandas de crescimento econômico do Brasil, fortalecendo nossa competitividade e gerando empregos e renda”, destacou Salomão Fadlalah, CEO do Porto Central.
Além do terminal de petróleo da Fase 1, o Porto Central planeja futuros desenvolvimentos, como um estaleiro para reciclagem sustentável de navios e um hub de contêineres capaz de atender navios de até 25.000 TEUs. O projeto também integra operações de energias renováveis, como parques solares e eólicos, e apoia a transição energética com iniciativas ligadas ao hidrogênio.
Com 2 mil hectares e profundidades marítimas de até 25 metros, o masterplan prevê 54 berços operacionais para diversos tipos de cargas, consolidando o Porto Central como um hub logístico global.
Compromisso com transparência
O Porto Central mantém diálogo constante com as comunidades locais e adota práticas inclusivas, como combate ao trabalho infantil e escravo. Também oferece um canal de denúncias anônimo e uma seção de Fale Conosco em seu site, reforçando a transparência e o respeito mútuo.
Com as obras prestes a começar, o Porto Central se posiciona como um marco na infraestrutura portuária brasileira, capaz de conectar o país a mercados globais e alavancar a economia nacional.