Obra-prima de milhões esteve esquecida por anos sobre o fogão de uma idosa e agora será exposta no Louvre

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Casa & Jardim

‘Cristo zombado’ de Cimabue (produzido por volta de 1280) — Foto: Hervé Lewandowski / Louvre

Após uma longa negociação, o Louvre conseguiu adquirir o quadro Cristo Zombado, uma obra de arte do século 13, do pintor florentino Cimabue. A pintura de 25,8 cm por 20,3 cm, agora considerada um “tesouro nacional francês”, ficou pendurada despercebida durante anos acima do fogão na cozinha de uma francesa de 90 anos, antes que os especialistas a identificassem.

Datada de cerca de 1280, a pintura retrata Jesus antes da crucificação. Segundo Jack Guy, da CNN, a proprietária, de 90 anos, não se lembrava de onde veio a peça e presumiu que se tratasse de um ícone religioso grego.

Há 4 anos, enquanto limpava sua casa antes de se mudar, a senhora quase jogou a pintura fora, pois não sabia de seu valor. Felizmente, sua família chamou um especialista para avaliar os itens da propriedade e a representação incomum de Cristo chamou a atenção.

Cimabue, nascido em Florença por volta de 1240, é o pseudônimo de Cenni di Pepo. Muitos historiadores da arte afirmam que ele foi professor do célebre artista Giotto. Há apenas cerca de 15 obras conhecidas de Cimabue, o que faz do Cristo Zombado um achado incrivelmente raro.

A lei da França oferece a museus do país a prioridade na aquisição de obras do tesouro nacional — Foto: Domínio Público / Wikimedia Commons

A pintura faz parte de um conjunto de obras que incluía oito cenas retratando a crucificação e a paixão de Cristo. Apenas duas outras pinturas da coleção existem atualmente. Quando o quadro foi a leilão em 2019, um negociante londrino, em nome de dois colecionadores, o adquiriu com uma oferta de € 24,2 milhões, cerca de R$ 128,65 milhões.

No entanto, logo após a venda, o governo francês declarou que Cristo Zombado é um “tesouro nacional”, impedindo que a obra deixasse o país durante 30 meses. Esta decisão deu ao Louvre a oportunidade de arrecadar dinheiro para comprar a pintura. No início deste mês, a ministra da Cultura de França, Rima Abdul Malak, e o direitor-presidente do Louvre, Laurence des Cars, anunciaram o sucesso da aquisição.

“Estas aquisições são o resultado de uma mobilização excepcional do museu do Louvre, que permite preservar na França obras cobiçadas pelos maiores museus do mundo e torná-las acessíveis a todos”, afirmou o Ministério da Cultura Francês em um comunicado.

A idosa que originalmente possuía a pintura faleceu apenas 2 dias após a venda, deixando o montante para seus três herdeiros. O Louvre exibirá a obra de arte recém-adquirida junto a Maestà de Cimabue em uma exposição que será inaugurada no próximo ano.

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