Delação de Cid coloca Magno Malta em maus lençóis, no centro das investigações da PF
O senador Magno Malta (PL-ES) está entre os quatro citados pelo Tenente-Coronel Mauro Cid no depoimento dado à Polícia Federal, como um dos incentivadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe contra a democracia ocorrida no dia 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A revelação do teor do depoimento veio da jornalista Bela Mengale, de O Globo, em matéria publicada nesta sexta-feira (10).
Magno Malta, Bolsonaro e Onyx Lorenzoni – Foto Montagem
De acordo com a reportagem, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em sua última delação prestada à PF apontou o senador Magno Malta e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) como membros de um grupo de conselheiros que incentivava o ex-presidente a dar um golpe de Estado após a vitória de Lula.
O tenente-coronel relatou ainda, que também faziam parte deste grupo de entusiastas do golpe a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O argumento levado a Bolsonaro por esse grupo, segundo a delação, foi que o ex-presidente tinha apoio popular, inclusive de uma parcela das armada das pessoas para levar adiante uma iniciativa que impediria a posse do presidente Lula.
Nessa semana, o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR), o subprocurador-geral Carlos Frederico dos Santos, classificou a delação de Mauro Cid como “fraca”. O acordo de delação já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, no bojo das investigações feitas pela Polícia Federal, há uma série de provas robustas envolvendo diretamente Bolsonaro em diferentes crimes, entre eles a arquitetura de um golpe de Estado. Além disso, a PF aponta que o subprocurador Carlos Frederico não tem conhecimento sobre as diligências que a corporação realizou no intuito de coletar provas para corroborar os relatos de Cid.
