Em referência ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no último dia 08 de março, a Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport) conta uma série de histórias de atletas e paratletas femininas que vivem do esporte. Nesta terça-feira (22), é a vez da jogadora de vôlei sentado e medalhista paralímpica Luiza Fiorese.
Natural de Venda Nova do Imigrante, a atleta defende atualmente a Seleção Brasileira da modalidade. Mas se engana quem pensa que a caminhada no esporte foi fácil. Antes de ingressar no vôlei sentado, a esportiva jogava handebol, chegando inclusive a participar dos Jogos Escolares do Espírito Santo. Mas, aos 15 anos de idade, recebeu o diagnóstico de um osteossarcoma (tipo de câncer ósseo). Após abandonar o esporte, já que teve que substituir parte dos ossos da perna por uma endoprótese, ela acabou descobrindo o vôlei sentado.
Desde então, enfrenta e combate as dificuldades de ser mulher no mundo esportivo. “Nós encaramos o sexismo e machismo diariamente. Quando sabemos que estamos nesse meio, nós nos incomodamos com algumas falas e vamos tentando quebrar isso de uma forma educada. O mérito da mulher é muito tirado quando conquistamos coisas muito rápido e foi assim comigo. Eu cheguei na Seleção Brasileira muito rápido e diversas pessoas falam coisas no intuito de tirar o meu mérito e colocar a gente como inferior”, disse Luiza Fiorese.
A capixaba conquistou a medalha de bronze na Paralimpíada de Tóquio. Agora, o foco da atleta é novamente assegurar a vaga olímpica, mas, além disso, a jogadora busca ampliar a modalidade.
“A medalha de Tóquio foi algo que eu desejei muito. Mas a partir do momento em que voltamos, nós viramos a chave para Paris 2024. Além do objetivo esportivo, que é superimportante, eu quero expandir a modalidade. Quero fazer para outras meninas o que fizeram por mim. Fazer outras atletas entenderem que a nossa vida não acaba depois que nos tornamos pessoas com deficiência", ressaltou a atleta.