Em julgamento realizado nesta quinta-feira (27), no Fórum de Cachoeiro, Kevyn Marqueste de Souza, acusado de assassinar a jovem Rayssa Peixoto, em outubro do ano passado, foi absolvido pelos jurados, que consideraram que ele agiu em legítima defesa.
Rayssa foi baleada dentro do carro. Pelas investigações da Polícia Civil à época, dão conta de que a jovem de 18 anos, baleada, foi morta por engano, o que bastou para que quatro dos sete jurados absolvessem o acusado.
A sentença de absolvição foi proferida pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, Bernardo Fajardo Lima.
O pai de Rayssa chegou a passar mal durante o julgamento e precisou ser atendido em um hospital da cidade.
A mãe de Rayssa, também presente na sessão de julgamento, estava revoltada com a decisão dos jurados e disse que a família irá recorrer da decisão. "Hoje assassinaram a minha filha mais uma vez e a impunidade continua. Estou me sentindo como se a gente morasse em um país que não tem lei, afinal é Brasil. Aqui pode matar, pois o ser humano aqui não vale nada, o que valeu a vida da minha filha?", desabafou muito emocionada.
De acordo com a defesa de Kevyn, no dia do crime ele teria sofrido uma ameaça em uma festa e foi para casa. Lá chegando, pegou uma arma a fim de se proteger e voltou para a rua no condomínio, quando viu um carro que entrou no condomínio em alta velocidade e dando cavalo de pau. Assustado, pensando se tratar de seus agressores, Kevyn disparou um único tiro em direção ao carro. No carro estavam Rayssa e seu namorado. O tiro disparado por Kevyn acertou fatalmente Rayssa.
Kevyn, após o crime, ficou recolhido no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim desde o dia 31 de outubro de 2021.
Rayssa Peixoto de 18 anos foi morta em outubro do ano passado. (Divulgação | Acervo pessoal)