Uma moradora de Anchieta está tendo que prestar contas com a 17ª Zona Eleitoral da cidade. Na última sexta-feira (27), o juiz Romilton Alves Vieira Júnior, titular responsável por aquela circunscrição eleitoral, acatou o pedido feito pelo promotor Robson Sartori Cavalini, e concedeu uma suspensão por 60 dias a um processo contra Laurete Carlos Manoeli, acusada de oferecer cestas básicas em troca de votos nas eleições, com possível favorecimento a um dos candidatos em disputa no pleito.
Este tempo será para que a Promotoria Eleitoral tente, por meio de tratativas com a ré, assinar um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).
Segundo a denúncia que originou a ação, Laurete atuava na campanha de Léo Português (PSB) e Renato Lorecini (União), além de também pedir votos para o então candidato à vereador Juninho Cabeção, também conhecido como Juninho do Interior (PSB).
Laurete não tinha vínculo admissional direto com a Prefeitura de Anchieta, pois está lotada em uma empresa terceirizada pela administração.
No processo aberto, várias testemunhas foram ouvidas, sendo que apenas uma confirmou ter recebido a cesta básica, que foi o caso de Jovani Mateus Bissa.
Uma outra disse que a acusada ofereceu a cesta para um de seus irmãos, mas que a mesma não foi entregue.
Diante do quadro, o Ministério Público decidiu dar início a tratativas para um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), o que permitiria oferecer ao investigado, antes do recebimento da denúncia, um acordo para evitar o processo judicial, mediante algumas condições estabelecidas.
Instada a se manifestar sobre o processo, a Prefeitura de Anchieta disse “Não acreditar que a servidora em questão tenha praticado tal ato”, não sendo, por isso, instaurado nenhuma sindicância para apurar o caso, mas que, com a denúncia formal feita aos órgãos competentes, aguarda o andar das investigações por parte da Justiça, para só então tomar as medidas indicadas.