Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)
Israel violou os termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza e matou ao menos 92 palestinos desde 19 de janeiro, segundo noticiou a agência Sputnik nesta terça-feira (11), com base em informe do Ministério da Saúde do enclave. Além das mortes, outras 822 pessoas ficaram feridas em decorrência dos ataques israelenses durante o período de trégua.
O Hamas reafirmou, também nesta terça, seu compromisso com o acordo de cessar-fogo, mas anunciou que a libertação de reféns israelenses, que estava programada para o próximo sábado (15), será adiada devido às violações cometidas por Israel.
Em um comunicado, o grupo acusou as forças israelenses de atacarem civis em Gaza durante a trégua e de descumprirem obrigações do acordo. Eles afirmam que Israel vem adiando o retorno de pessoas deslocadas ao norte do enclave e impedindo a entrada de suprimentos básicos, incluindo combustível e medicamentos.
Na segunda-feira (10), Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Qassam, afirmou em publicação no X que “a libertação dos prisioneiros será adiada até novo aviso, e até que a ocupação se comprometa e compense os direitos das últimas semanas retroativamente”.
Trocas de prisioneiros – A trégua na Faixa de Gaza foi estabelecida em 19 de janeiro para viabilizar a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos. No último sábado (8), o Hamas libertou três reféns, em uma das quatro trocas realizadas até agora. O grupo ainda mantém sob custódia 79 pessoas sequestradas durante os ataques de 7 de outubro de 2023, sendo que 20 estavam previstas para serem libertadas nesta fase do acordo. No entanto, oito desses reféns já são dados como mortos.
Em contrapartida, Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, dos quais 18 cumpriam penas perpétuas. Muitos dos detidos não tinham acusações públicas contra si e foram presos após os ataques de outubro.