A prisão de um monitor de ressocialização, ocorrida no último dia 2 de julho, após denúncia de facilitar a entrada de celular para um detento na penitenciária onde trabalhava, continua rendendo.
Segundo as investigações do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP), divulgadas nesta quarta-feira (24), o detento que seria beneficiado era líder do tráfico de drogas em um bairro de Cariacica, e membro do alto escalão da facção Primeiro Comando de Vitória (PCV)
O monitor, que trabalhava na Penitenciária de Segurança Máxima II, de Viana, foi denunciado junto a outras duas pessoas – o próprio detento e uma mulher que teria comprado o aparelho celular. A entrega do aparelho fazia parte de um plano de fuga de um criminoso que, caso desse certo, o monitor receberia R$ 1 milhão.
O trio foi denunciado pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e favorecimento real (por facilitar a entrada de aparelho de comunicação, sem autorização legal, em estabelecimento prisional).
Operação “Trash Bag”
As investigações da Operação “Trash Bag”, de acordo com o MPES, apontaram que o celular era utilizado para facilitar a comunicação entre os envolvidos, que planejavam uma fuga da unidade.
Foi descoberto que o Agente Penal recebeu, a título de adiantamento pela entrega do celular, a quantia de R$ 150 mil. Caso a fuga não se consumasse, ele ainda receberia mais R$ 150 mil. No caso da fuga fosse concretizada, o Agente penal receberia a integralidade de R$ 1 milhão.
A Promotora de Justiça Luciana Almada de Magalhães Farias Chamoun e o promotor de Justiça Flávio Campos Dias solicitaram a manutenção da prisão preventiva do detento e do monitor denunciado, bem como medidas de restrição de liberdade mais rigorosas à outra denunciada na ação. Os nomes dos envolvidos continuam sob sigilo da investigação.