Fernando Haddad (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (1) que a indústria do petróleo precisa “ampliar muito” seus investimentos em tecnologias de energia renovável, uma vez que o setor é um dos grandes responsáveis pela mudança climática.
Haddad afirmou que a Petrobrás dá um “bom exemplo para o mundo” nesse quesito, mas cobrou mais investimentos da indústria do petróleo na transição energética.
“Eu acredito que a indústria do petróleo é a primeira que tem que investir na descarbonização. Se possível, ampliar muito os investimentos em pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para ecológica. Ela é uma das grandes responsáveis pelos problemas que a gente está enfrentando”, disse Haddad, que está em Dubai participando da COP28, conforme citado pelo Valor Econômico.
“Já passou de 10% no investimento da Petrobrás em energia limpa”, disse Haddad. “Nós temos que deixar de consumir petróleo não porque ele vai acabar, mas porque a gente tem outras fontes para usar. Porque, se nós não tivermos usar outras fontes, nós vamos continuar usando aquilo que está matando o planeta”.
Plano de Transformação Ecológica
Haddad divulgou o lançamento do Plano de Transformação Ecológica na sexta-feira. Trata-se de uma proposta que enfatiza a economia verde e defender uma visão globalização ambientalmente sustentável.
“O Plano de Transformação Ecológica que eu tenho a honra de apresentar a vocês hoje visa unir forças em torno de um objetivo histórico: interromper cinco séculos de extrativismo e destruição do meio ambiente para posicionar o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável”, declarou o ministro, que aproveitou a ocasião para agradecer o apoio e o compromisso da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também presente no evento, assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como exemplos de medidas em processo de implementação, o ministro citou a criação de um mercado de carbono regulado, a emissão de títulos soberanos sustentáveis, a definição de uma taxonomia nacional focada na sustentabilidade e a revisão do Fundo Clima. As iniciativas visam criar condições para uma nova onda de investimentos com o objetivo de concentrar tecnologias industriais, modernizar a ciência e qualificar a força de trabalho em âmbito nacional.