Serão R$ 4 bi para construção de 170 km de malha ferroviária entre Anchieta e o Porto do Açu, no Rio de Janeiro
O governo federal prepara um projeto de concessão de parte da Estrada de Ferro 118, conhecida como Anel Ferroviário do Sudeste, que deverá ligar o Porto de Vitória ao Porto de Niterói, no Rio de Janeiro. Para tanto, o Ministério dos Transportes realiza audiências públicas até 24 de janeiro de 2025 para preparar o leilão de dois trechos da ferrovia, com previsão de que sejam realizados ainda neste ano de 2025.
A implantação da Ferrovia Vitória-Rio (EF-118), destinada ao transporte de cargas como minério de ferro, carvão, ferro gusa, concentrado de cobre, além de contêineres, deve receber investimento de R$ 4,5 bilhões nos próximos cinco anos.
O projeto tem duas fases. Trata-se de um projeto greenfield, como são chamados os que começam do zero e a outra etapa da Estrada de Ferro 118 é um processo brownfield, que ocorre a partir de uma construção pré-existente. A estimativa é de que a ferrovia tenha, no total, 577 quilômetros de extensão.
Ramal ferroviário
Parte do projeto, que compreende o trecho entre Santa Leopoldina a Anchieta, chamado Ramal Anchieta, foi apresentado pela Vale em agosto de 2024 e conta com 90 quilômetros — 80 km até Anchieta e 10 km de alça até o porto de Ubu, operado pela Samarco.
Esse ramal, que deve receber R$ 6 bilhões em investimento, faz parte das obrigações a serem cumpridas pela Vale como contrapartida das renovações das concessões da Vitória-Minas e da Estrada de Ferro Carajás, no Pará.
Outros dois trechos, a partir de Anchieta em direção ao Rio de Janeiro, serão leiloados.
Na primeira fase do projeto serão construídos cerca de 170 quilômetros de trilhos entre Anchieta e o Porto do Açu, no Rio de Janeiro.
Esse é um importante projeto logístico para o Espírito Santo. Renato Casagrande, governador do Estado, tem enfatizado que a ligação ferroviária do Espírito Santo com o centro do Brasil precisa melhorar.
“Em 2025 precisamos colocar peso na articulação para melhorar a conexão ferroviária do Espírito Santo com o centro do Brasil. Isso vai ser fundamental para uma movimentação mais volumosa de cargas e isso depende de ferrovias. Estamos resolvendo os outros modais, mas o ferroviário precisamos dar um passo adiante”, disse o governador.
