Nesta quinta-feira (24), comemora-se o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A data simboliza a resistência, a luta e as conquistas da comunidade surda na busca por inclusão e reconhecimento. No Espírito Santo, a Secretaria da Educação (Sedu) reforça esse compromisso com a educação bilíngue, ao garantir atendimento educacional especializado e oferecer formações inéditas para profissionais da área.

A Rede Estadual de Ensino conta, atualmente, com uma estrutura consolidada para atender estudantes com deficiências auditiva e surdocegueira. São 88 estudantes surdos e quatro com surdocegueira matriculados em escolas estaduais, todos atendidos por profissionais especializados, conforme prevê a legislação vigente.

São eles: o Intérprete e Tradutor de Libras, que atua diretamente em sala de aula; o Instrutor de Libras, responsável pelo ensino da Libras como primeira língua no contraturno; e o professor de Deficiência Auditiva, que ensina a Língua Portuguesa e desenvolve ações pedagógicas colaborativas. No caso dos alunos com surdocegueira, também é garantido o atendimento por um professor especializado em deficiência visual.

A gerente de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, Giovanne Berger, explicou que esses profissionais são acionados assim que a família realiza a matrícula e apresenta a documentação comprobatória da deficiência. A partir disso, a direção escolar solicita à Superintendência Regional de Educação (SRE) a contratação dos profissionais necessários, assegurando o direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Segundo a gerente Giovanne Berger, para fortalecer ainda mais essa política de inclusão, a Sedu inicia, neste mês de abril, duas formações inéditas voltadas para profissionais da área: o Curso Básico de Libras e o Curso Avançado de Libras. A iniciativa contempla intérpretes e tradutores de Libras da Rede Estadual e também das redes municipais de ensino, ampliando o alcance da formação continuada.

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