Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy comparece a tribunal em Paris para ouvir veredito de julgamento em denúncias de corrupção ligadas à Líbia durante campanha de 2007, em 25 de setembro de 2025. — Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq
A Justiça da França condenou nesta quinta-feira (25) o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy, de 70 anos, a cinco anos de prisão por associação criminosa no caso de financiamento ilegal de sua campanha eleitoral de 2007 pelo governo da Líbia.
Sarkozy, no entanto, foi absolvido de todas as outras acusações, incluindo corrupção passiva, e considerado inocente da acusação de ter recebido financiamento ilegal de campanha do falecido ditador líbio Muammar Khadafi.
Sarkozy, que foi presidente da França entre 2007 e 2012, irá à prisão mesmo ainda podendo apelar da decisão porque o tribunal pediu a execução provisória da pena alegando “fatos extremamente graves”. O ex-presidente disse que irá recorrer da sentença e “dormirá na prisão de cabeça erguida”.
Agora, o Ministério Público francês tem até um mês para informar a data da prisão de Sarkozy. Durante o julgamento, a Promotoria francesa considerou o ex-presidente o “verdadeiro” responsável por um pacto com Khadafi, que morreu em 2011, e por isso havia pedido sete anos de prisão.
A condenação do ex-presidente acontece após outras duas por corrupção, tráfico de influência e financiamento ilegal de campanha em 2012, uma das quais provocou a perda da principal distinção francesa, a Legião de Honra.