Em virtude do cenário de escassez de doses da vacina AstraZeneca (Fiocruz/Oxford) e da ampla disponibilidade da vacina Pfizer/BionTech pelo Ministério da Saúde ao Estado, a Secretaria da Saúde (Sesa) passa adotar, a partir desta terça-feira (19), o uso de vacinas heterólogas para a complementação do esquema vacinal contra a Covid-19.
Seguindo a Resolução Nº 174 da Comissão Intergestores Bipartite, fica definido que pessoas que receberam a primeira dose (D1) AstraZeneca/Fiocruz recebam a segunda dose (D2) da vacina da Pfizer/BioNTech para completar seu esquema de vacinação, em caso de ausência do primeiro imunizante no município.
A D2 deverá ser administrada no intervalo adotado para o imunizante utilizado na D1. Vale ressaltar que, no Estado, o intervalo adotado para os esquemas vacinais com AstraZeneca e Pfizer são de oito semanas (56 dias).
A intercambialidade de vacinas, ou uso de vacinas heterólogas, é uma orientação do Ministério da Saúde, subsidiada por discussões realizadas na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis, por meio da Nota Técnica Nº6/2021, que aponta que “considerando dados indicando boa resposta imune em esquemas de intercambialidade, bem como dados de segurança favorável, considerando ainda a importância da segunda dose para assegurar elevada efetividade contra a Covid-19, opta por orientar que onde não for possível administrar a segunda dose da vacina com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país, poderá ser administrada uma vacina Covid-19 de outro fabricante”